2017-01-24 18:08:11
Lei 13.201/14 permite que profissional atue na prescrição de medicamentos.
Pesquisa mostra confiança de usuários nos serviços prestados.
Coordenadora do curso de farmácia da Universidade São Francisco (USF) em Campinas, Michelle Carneiro Polli destaca que a lei trouxe valorização para a profissão. “Às vezes o paciente pode, com a orientação do farmacêutico, solucionar o problema de uma forma mais fácil e com um profissional que tem condições de orientá-lo.”
A criação de um conceito de assistência farmacêutica também é possível com a lei que entrou em vigor em agosto de 2014. “O farmacêutico poderá ter uma sala dentro da drogaria para acompanhar casos crônicos. Ele pode verificar se um paciente que é hipertenso, por exemplo, está apresentando uma boa resposta ao tratamento”.
Confiança
Os profissionais que nesta sexta-feira (20) celebram o Dia do Farmacêutico contam com a confiança dos usuários para exercer tais funções. Pesquisa do Ibope Inteligência encomendada pela Associação Brasileira de Redes de Farmácias e Drogarias (Abrafarma) aponta que 53% dos entrevistados querem tirar dúvidas e se aconselhar sobre medicamentos nas farmácias, e 51% realizariam exames preventivos para várias doenças.
A coordenadora ressalta que a maior autonomia oferecida aos farmacêuticos não substitui a atuação do médico. “O farmacêutico não pode prescrever um medicamento que necessite de prescrição médica”, alerta Michelle.
Formação
A implementação da lei favoreceu a criação de cursos de especialização. “Existem cursos de pós-graduação específicos para a prescrição farmacêutica, mas é preciso destacar que qualquer profissional farmacêutico graduado tem condições de fazer essas orientações”, explica Michelle. “Ter uma especialização acaba valorizando ainda mais essa prática”, complementa a coordenadora.