2017-01-24 18:12:13
São Paulo – O mercado farmacêutico movimentou R$ 85,35 bilhões em 2016 com vendas realizadas em drogarias, segundo levantamento divulgado na sexta-feira (20) pela Associação da Indústria Farmacêutica de Pesquisa (Interfarma), com dados da IMS Health.
A cifra é 13,1% superior ao montante registrado em 2015, quando as vendas de medicamentos no varejo somaram R$ 75,49 bilhões. Os valores não consideram descontos oferecidos pelas farmácias aos consumidores, ficando estabelecido como base o preço de lista de cada um dos medicamentos.
Hoje, 75% da produção da indústria farmacêutica chega ao consumidor por meio das redes de drogarias e farmácias de bairro. Os outros 25% são vendas dos laboratórios para o governo, hospitais e clínicas.
Em nota, a entidade explica que a variação no faturamento dos medicamentos com ou sem prescrição médica (OTC) foi a mesma. O destaque ficou para categoria de genéricos, que faturou 14,7% a mais em 2016 sobre um ano antes.
Ranking
De acordo com o levantamento da Interfarma, no ano passado as vendas de analgésicos não narcóticos e antipiréticos representaram 4,5% das vendas de medicamentos no varejo, ou pouco mais de R$ 3,8 bilhões. O montante equivale a uma alta de 15,5% na comparação com um ano antes.
No ano passado, farmacêuticas tiveram autorização do governo para aplicar um reajuste máximo de 12,5%, que entrou em vigor em 1º de abril. Foi a primeira vez que o aumento autorizado ficou acima da inflação acumulada no período, de cerca de 10%. Em 2015 o reajuste foi de 7,7%.
Ainda conforme a sondagem da Interfarma, a segunda classe terapêutica mais comercializada foi a de antidepressivos e estabilizadores de humor, totalizando R$ 3,5 bilhões. Esse tipo de medicamento representou 4% do mercado total e um crescimento 18,2%.
Segundo a assessoria de imprensa da entidade, parte desse acréscimo é resultado do reajuste médio – de 7,4% – nos preços de antidepressivos e estabilizadores. Vale mencionar que houve também alta nas vendas em volume, passando de 54 milhões de unidades em 2015 para 60 milhões de unidades no ano seguinte.
Em terceiro lugar, dentre os mais vendidos, estão os reguladores de colesterol e triglicerídeos (3,5%), seguidos dos antiulcerosos (3,4%%) e dos anti-hipertensivos (3,3%).