Sincofarma SP

Como identificar uma crise financeira

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2017-03-15 13:11:31

 

A importância da gestão financeira nas farmácias e drogarias

Farmácias e drogarias, principalmente as independentes, fecham suas portas em sua grande maioria por uma deficiente gestão financeira. Capacitação só não basta, é preciso dedicar tempo a esta tarefa ou delegar a um profissional qualificado, é claro que estes dados devem ser transformados em informação para tomar decisões e “fazer acontecer”, sem isso de nada adianta, a drogaria poderá a qualquer momento passar por uma crise “financeira” sem solução.

É no mínimo insano um colaborador imaginar que se a empresa na qual ele trabalha vai mal ele terá aumento de salário, benefícios e um futuro profissional promissor, assim todos os colaboradores devem estar comprometidos com a lucratividade da empresa.  A principal dificuldade, que leva a crises e falências, é justamente a gestão dos recursos financeiros, alias, no mercado as drogarias que estão ganhando dinheiro têm como proprietários, gestores, profissionais que sabem gerenciar muito bem a parte administrativa e tomam decisões usando indicadores financeiros, buscando uma melhor lucratividade.

Excelência no atendimento não é suficiente para manter uma empresa, a gestão administrativa deverá ocupar um lugar de honra no dia a dia de trabalho. É necessário aprender a lidar com o orçamento empresarial que antecipa projeções do comportamento econômico financeiro da empresa. São as informações desta ferramenta que devemos usar para tomar decisões e criar estratégias de negócio a fim de incrementar o lucro e afastar uma crise financeira.

As principais deficiências da gestão administrativa incluem: não conhecer o custo da mercadoria vendida (CMV) e nem uma meta para este indicador; não ter uma politica de descontos estruturada e planejada, os quais na maioria das vezes são arbitrados pelo atendente; não ter uma estratégia e estudo de composição de preços (arbitram as margens de contribuição dos produtos e serviços); não possuir um mix adequado de produtos e serviços à região e publico que atendem; estoques desproporcionais às vendas e de baixa rentabilidade e giro; não ter um processo estruturado de compras de produtos e uma meta; pagar impostos e taxas indevidas, desconhecer as taxas cobradas pelas operadoras de cartões e não controlar o deposito dos valores correspondentes. Não quantificar perdas devidas a erros administrativos, produtos vencidos e inventários; pró-labores incompatíveis com a capacidade de pagamento por parte da empresa; não saber com precisão qual é a lucratividade da empresa. Não ter metas e objetivos para a drogaria, não medir resultados de esforços e, portanto, não saber onde estão e muito menos onde devem chegar! O “ciclo vicioso” é: a empresa primeiramente perde o capital de giro, depois deixa de pagar impostos, a seguir sacrifica o salário dos funcionários e por último, deixa de pagar os fornecedores, aí então…

É importante que o PROPRIETÁRIO, SÓCIO, GESTOR, tenha conhecimentos básicos na gestão administrativa de uma farmácia ou drogaria e dedique tempo às tarefas operacionais ou delegue esta parte a um colaborador qualificado para esta atividade. Não basta só entender de números, é preciso saber como chegar a eles e o que fazer com eles, ou seja, transformar dados confiáveis em informação para tomada de decisões. Atender envolve: ENTENDER e SATISFAZER as NECESSIDADES, DESEJOS e EXPECTATIVAS do cliente, “SOLUCIONAR OS PROBLEMAS”, de maneira lucrativa para a empresa.

Sem educação, capacitação e gestão profissional às empresas não sobreviverão!

Juan Carlos Becerra Ligos