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O que é importante saber sobre medicamentos de liberação prolongada?

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2017-08-07 13:00:08

 

Saber orientar o consumidor é fundamental

Muitas pessoas sentem incômodo estomacal ou sonolência ao tomar certos comprimidos. Devido a esses desagrados comuns, algumas indústrias farmacêuticas já estão estudando sobre a fórmula de liberação prolongada, também denominada fórmula de liberação por tempo. Trata-se de uma versão de medicamentos especialmente desenvolvida para transferir de forma gradativa o seu ingrediente ativo ao paciente com dose única. De tempos em tempos, o fármaco vai sendo liberado e absorvido pela corrente sanguínea, funcionando assim com efeito terapêutico. Especialistas e estudantes de medicina, vêm escolhendo o tema para elaboração de pesquisas e já listam alguns benefícios comprovados.

Um deles é que diferentemente dos medicamentos convencionais como comprimidos, as doses são únicas ou dependendo da gravidade da patologia dupla, o que elimina a necessidade de ingerir o medicamento diversas vezes por dia ou interrupção do tratamento por esquecimento. Outras vantagens apontadas envolvem a menor variação no tempo de trânsito gastrointestinal, garantia de maior variabilidade no efeito terapêutico, menor incidência de efeitos colaterais decorridos de irritações ao longo do trato gastrointestinal, redução de sonolência e a diminuição do risco de superdosagem do fármaco e maior conveniência em relação à administração diurna ou noturna.

Há muitas maneiras de produzir medicamentos com essas características. Pode ser por meio de microesferas revestidas por um polímero (filme), pelo inchaço do comprimido para formar um gel com uma superfície quase impenetrável e pela incorporação do fármaco em uma rede de substâncias as quais o corpo dissolve lentamente, de tal modo que o ingrediente ativo seja absorvido pela corrente sanguínea do paciente em níveis controlados ao longo do dia.

De acordo com o coordenador do trabalho de conclusão do curso sobre o tema, da Faculdade de Ciências Farmacêuticas da Universidade de São Paulo (USP), Humberto Ferraz, para as indústrias farmacêuticas interessadas em aderir a esse mercado, já há diversas tecnologias disponíveis no Brasil. Basta adquirir os equipamentos necessários, desenvolver formulações, treinar funcionários e obter registro na Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa).