Sincofarma SP

Pesquisa mostra que 37% só compram genéricos ; 32%, os de marca; e 31%, ambos

Compartilhe:

Facebook
LinkedIn
WhatsApp

2017-08-15 12:00:08

 

Estudo realizado pela Federação Brasileira das Redes Associativistas e Independentes de Farmácias (Febrafar) mostra que 37% dos consumidores apontaram que adquiriram medicamentos genéricos, outros 32% compraram os de marcas e 31% compraram uma mescla dos dois tipos.

Estudo realizado pela Federação Brasileira das Redes Associativistas e Independentes de Farmácias (Febrafar) mostra que 37% dos consumidores apontaram que adquiriram medicamentos genéricos, outros 32% compraram os de marcas e 31% compraram uma mescla dos dois tipos.

Os dados são resultados da pesquisa Análise do Perfil de Compra dos Consumidores de Medicamentos, realizada pelo Instituto Febrafar de Pesquisa e Educação Continuada (Ifepec).

– Os genéricos já venceram uma desconfiança inicial e natural que enfrentaram no mercado e hoje já fazem parte das opções de escolhas dos consumidores, eles possuem um grande potencial competitivo por causa da economia que ele proporciona, sendo que os preços são fundamentais na escolha – analisa Edison Tamascia, presidente da Febrafar, que encomendou a pesquisa.

Ele se refere ao fato de que a pesquisa também aponta a prioridade que o consumidor está dando ao preço em relação à marca na hora de adquirir medicamentos. Segundo a pesquisa, 45% dos consumidores, acabaram comprando produtos diferentes do objetivo inicial e a quase totalidade desses clientes buscavam economia.

A pesquisa teve como objetivo apurar as características de compras de medicamento dos brasileiros, bem como o tipo de medicamento adquirido, o índice de troca de medicamento e os motivos que levaram a essa troca. Segundo a pesquisa, dos entrevistados que foram às farmácias 72% adquiriram os medicamentos, contudo, apenas 24% compraram exatamente o que foram comprar, 31% modificou parte da compra e 45% trocaram os medicamentos por vontade própria ou por indicação dos farmacêuticos.

– Esse fato demonstra a existência de uma característica muito comum nos brasileiros que é não ser fiel ao produto que foi procurar em uma farmácia, ouvindo a indicação dos farmacêuticos. O principal fator de troca é o preço, demonstrando que o brasileiro se encontra mais preocupado com o bolso – explica o presidente da Febrafar.

A afirmação se baseia no fato de que a pesquisa constatou que 97% dos entrevistados que trocaram de medicamentos compraram uma opção de menor preço.

A pesquisa foi realizada com quatro mil consumidores de todos o Brasil que quando esses saíam das farmácias em que estiveram para efetuar a compra.

Crescimento de vendas de medicamentos para principais doenças crônicas – Levantamento realizado pela Associação das Indústrias de Medicamentos Genéricos (PróGenéricos), com base nos dados do IMS Health – instituto que audita o varejo farmacêutico no Brasil e no mundo, mostra os genéricos foram o segmento que mais cresceu nas classes de medicamentos para tratamento de hipertensão, colesterol alto e diabetes.

De acordo com o estudo, o maior avanço dos genéricos se deu entre os medicamentos para colesterol alto. As vendas de genéricos para o tratamento da doença, em unidades, registraram expansão de 35,92% no primeiro semestre do ano no comparativo com o mesmo período do ano anterior. No mesmo intervalo, os similares para a mesma classe de medicamentos apresentaram retração de 15,74%, enquanto os medicamentos de referência encolheram 13,80%, no mesmo período. A participação dos genéricos no mercado total para essa classe terapêutica subiu 11,82 pontos percentuais, fechando o primeiro semestre do ano com 56,37% frente aos 44,55% do ano anterior.

Os medicamentos para hipertensão também assistiram ao avanço dos genéricos no primeiro semestre: 16,63% de crescimento entre janeiro e junho na comparação com o mesmo intervalo do ano anterior. Os similares para esta classe de medicamentos tiveram crescimento de 0,95%. Com isso, os genéricos ganharam 3,20 pontos percentuais de market share nesta que é uma das principais classes de medicamentos crônicos do mercado brasileiro, subindo de 66,20%, no primeiro semestre de 2016, para 69,41 nos primeiros seis meses deste ano.

Os genéricos também lideraram a expansão na categoria de medicamentos para tratamento de diabetes. As vendas em unidades dos genéricos para esta classe de medicamentos cresceu 19,19% no primeiro semestre deste ano contra igual intervalo de 2016. Os similares no mesmo período encolheram 5,04% enquanto os medicamentos de referência cresceram 17,18%. O market share dos genéricos avançou 2,03% neste intervalo.

 

Série longa – O estudo mostra que no comparativo do primeiro semestre dos últimos três anos (2015, 2016, 2017), os genéricos experimentaram crescimento ainda mais expressivo sobre os similares e medicamentos de referência.

No caso dos antilipêmicos por exemplo, os genéricos cresceram 60,78% no acumulado dos três primeiros de 2015 a 2017 contra retração de 7,78% dos similares e de encolhimento de 18,94% dos medicamentos de referência. O salto de market share dos genéricos neste período foi de 14,29 pontos percentuais: de 42,08% para 56,37%.

No caso dos anti-hipertensivos, os genéricos cresceram 36,08% no acumulado da série histórica de primeiro semestre entre 2015 a 2017. Já os similares e os medicamentos de marca cresceram apenas 2,22% e o referência 0,98% no mesmo período, respectivamente. Neste caso, os genéricos avançaram 6,5 pontos percentuais em participação de mercado, saltando de 62,91% no primeiro semestre de 2015 para 69,41% no primeiro semestre deste ano.

Nos medicamentos para diabetes, o fenômeno se repete. No acumulado dos primeiros seis meses entre 2015 e 2017, os genéricos cresceram 40,24%, contra expansão de 5,20% dos similares e 28,67% dos medicamentos de referência. Nesta classe, os genéricos ganharam 3,58 pontos de participação em vendas: de 36,66%, em 2015, de share para 40,24% de participação no primeiro semestre deste ano.

Com preços em média 60% menores que os medicamentos de referência (35% por lei), os genéricos já proporcionaram uma economia de aproximadamente R$ 90 bilhões aos brasileiros em gastos com medicamentos desde que chegaram ao mercado há 18 anos, em 1999.