Sincofarma SP

Procura por vacinas nas farmácias ainda é baixa

Compartilhe:

Facebook
LinkedIn
WhatsApp

2018-01-10 10:00:08

 

Farmácias estão se preparando para receber as mudanças, que acontecem lentamente.

Empresas acreditam que a maioria não sabe da novidade.

Decorrido quase um mês da aprovação da resolução que garante às farmácias e drogarias.

No Brasil o direito de vacinação, a demanda ainda é muita baixa. A decisão foi publicada no dia 12 de dezembro pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa). Quem quiser usufruir da vacinação particular terá de pagar, diferente do que acontece nos postos autorizados do Estado. Também será preciso levar a receita médica para as vacinas opcionais. Para as que fazem parte do calendário básico, a prescrição não é necessária.

O farmacêutico Deilson Alves Oliveira acredita que a nova resolução vem para somar e ampliar o acesso da população, que, segundo ele, só tem a ganhar a partir de agora. “Se as exigências para a aplicação das vacinas forem seguidas corretamente, as pessoas terão mais oportunidades na hora de obter esse tipo de serviço”, destaca Alves. “A questão das estruturas das drogarias e farmácias é fundamental, uma vez que o ato da aplicação envolve vários riscos”, complementa o farmacêutico.

Como a mudança ainda é novidade, a procura por vacinas é pequena, afirma a atendente Dulce Appel. “Ainda não notei diferença na busca das pessoas por esse tipo de serviço, mas penso que falta mais informação. Outra coisa que deve ser levada em conta é o período. Geralmente, a demanda é maior próximo ao inverno”, comenta Dulce.

Para poder oferecer e aplicar as vacinas, a farmácia deverá cumprir algumas obrigações. Entre elas, a identificação clara para consumidor sobre o serviço, respeitar as regras de qualidade e segurança, ter licenciamento e inscrição no Cadastro Nacional de Estabelecimentos de Saúde, ter profissional legalmente habilitado e instalações adequadas.

Mais que uma novidade, a nova resolução representa um salto importante na tomada de consciência da população brasileira. É o que pensa a farmacêutica Vitória Hana Müller Mottin. “Vejo essa mudança de forma positiva, pois isso irá ajuda a reforçar a cultura de prevenção e trazer visibilidade para o assunto”. Sobre a baixa procura atualmente, Vitória é otimista. “Não havia demanda porque a população não tinha essa referência de local para realizar a vacinação, mas acredito que, com o tempo, isso irá mudar”, acrescenta.

Nas ruas de Montenegro a notícia é bem recebida. O aposentado Valmir de Oliveira Barreto ficou animado ao saber da mudança. “Eu acho que com mais opções para fazer a vacina, é bem melhor, pois dependendo do serviço público, às vezes, não se consegue. Se as farmácias e drogarias fizerem o serviço com qualidade, eu acho válido pagar”, destaca o aposentado.