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Para emagrecer, é melhor cortar gordura ou carboidrato? Novo estudo afirma que tanto faz

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2018-02-20 15:00:08

 

Cientistas de Stanford analisaram padrões genéticos e a ação das dietas ‘low-carb’ e ‘low-fat’.

Novas evidências publicadas nesta terça-feira (20) por cientistas da Universidade de Stanford, nos Estados Unidos, compararam os efeitos das dietas com redução de carboidrato e de gordura. Mas o que é melhor para emagrecer? Os resultados estão na revista médica “Journal of the American Medical Association” (JAMA).

Segundo os cientistas, quando se fala em redução de peso, as duas opções têm efeitos similares: levam à redução de peso de forma equivalente.

Eles também tentaram responder se os níveis de insulina ou algum padrão genético específico poderia prever o sucesso de uma pessoa com uma dieta – e a resposta é não, apesar dos achados ainda precisarem de mais considerações na avaliação dos próprios cientistas.

“Todos nós ouvimos histórias de um amigo que seguiu uma dieta e funcionou bem. Então, outro amigo foi lá e não funcionou com ele”, disse Christopher Gardner, professor da faculdade de medicina da Universidade de Stanford principal autor do estudo.

“Somos muito diferentes e estamos começando a entender os motivos de toda essa diversidade. Talvez seja a hora de deixar de perguntar qual é a melhor dieta, mas para quem esta dieta é direcionada”.

Para o nutrólogo Hélio Osmo, os resultados do estudo são “decepcionantes”, principalmente no que tange à não influência da genética na escolha da dieta. O nutrólogo não esteve envolvido diretamente no estudo, mas analisou os resultados da pesquisa.

Ele afirma que uma das grandes promessas nesse campo é a nutrigenômica, área da nutrição que avalia a influência dos genes na genética.

“Já se mapearam genes que mostravam, por exemplo, se a pessoa tinha mais tendência a engordar com uma dieta rica em carboidrato ou rica em gordura”, diz.

“O que o estudo mostra é que esses achados na prática podem não fazer tanta diferença, mas eu ainda acho que essa questão precisa ser melhor aprofundada. Acredito na nutrigenômica”, diz.