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Diabetes insípidus pode ser falta do hormônio antidiurético

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2018-05-03 12:00:08

 

Uma das principais dificuldades para quem tem diabetes insípidus é não conseguir controlar a vontade de ir ao banheiro.

Quando falamos de diabetes, sempre vem à cabeça o tipo 1 e tipo 2. Mas existem outros tipos, como mostrou o Bem Estar desta quarta-feira (2). Você já ouviu falar da diabetes insípidus? A doença dá muito sede! Esse tipo pode ser a falta do hormônio antidiurético ou a incapacidade de ação desse hormônio. Isso vai levar a um aumento da produção de urina pelo paciente.

Uma das principais dificuldades para quem tem diabetes insípidus é não conseguir controlar a vontade de ir ao banheiro. Segundo o cirurgião especialista em hipófise Pedro Paulo Mariani, em mais de 95% dos casos, a diabetes insípidus é adquirida. “Pela presença de um tumor na região do hipotálamo ou da hipófise; pode ser consequência também de uma lesão, após uma cirurgia realizada nessa região; ou também decorrente de um traumatismo craniano grave”. A única saída é a reposição do hormônio.

Tem dúvidas sobre diabetes? Acesse o portal da Sociedade Brasileira de Diabetes

Doença com um nome e vários sobrenomes

O endocrinologista João Eduardo Salles lembra que a diabetes tem muitos sobrenomes. Um estudo identificou cinco grupos de diabetes tipo 2 com características e riscos de complicações significativamente diferentes.

  • Grupo 1: nesse grupo a pessoa é mais magra, mais jovem (35 a 40 anos) e precisa usar insulina mais cedo. Esse paciente tem o mesmo anticorpo que o diabético tipo 1 tem – que destrói a produção de insulina. Costuma ter mais problemas de retinopatia diabética.
  • Grupo 2: perfil igual ao do grupo 1, só que o anticorpo é negativo, portanto não é autoimune. Também tem problemas com retinopatia diabética.
  • Grupo 3: acima dos 40 anos e com bastante gordura abdominal, IMC alto e muita alteração metabólica, por causa da glicemia mais alta. Além de diabetes, tem pressão alta, triglicérides alto e colesterol bom baixo. É importante controlar e evitar a nefropatia. Controle da glicemia é fundamental.
  • Grupo 4: acima dos 40 anos, também tem alteração de peso, mas tem o corpo em formato de pera. Não tem alteração metabólica e responde bem ao medicamento.
  • Grupo 5: diabetes ligada ao envelhecimento. Pacientes têm entre 65 e 70 anos. Ele troca a massa magra por gordura, come menos proteína e mais carboidrato e perde massa muscular. Com menos músculo, sobra glicose no sangue. Musculação e alimentação rica em proteínas ajudam a diminuir os riscos de diabetes.

Diabetes infantil

O número de crianças diabéticas tem crescido a cada ano. A endocrinologista Sylka Rodovalio explicou que esse aumento tem relação com a obesidade. Estima-se que 7,3% das crianças menores de cinco anos estão acima do peso, sendo as meninas mais afetadas: com 7,7%.

A boa notícia é que na criança a doença é mais fácil de tratar e reverter. Se a criança perde peso, faz atividade física e melhora a alimentação, ela pode se livrar da doença.