2018-05-07 12:00:08
Professores e alunos do curso de farmácia estiveram no Parque da Cidade para conscientizar a população sobre a prática que pode causar danos à saúde.
Alunos e professores do curso de farmácia de uma universidade de Mogi das Cruzes se reuniram no Parque da Cidade, na manhã deste sábado (5), Dia Nacional de Uso Racional de Medicamentos, em uma ação que ofereceu teste de glicemia e aferição de pressão às cerca de 150 pessoas que passaram pela tenda. No dia 24 de junho, o evento será realizado no Parque Centenário.
O objetivo maior da ação era educar as pessoas sobre o uso correto de medicamentos. “Elas precisam entender que nem sempre mais medicamento é melhor. Na verdade, quanto menos, melhor. Ele deve ser usado quando realmente existe um problema” explica Guilherme Matsutani, coordenador do curso.
Entre os que passaram pela tenda estava o aposentado Luiz José da Silva, que é hipertenso e estava com a pressão arterial acima do normal. “Eu estou quatro quilos acima do peso. Mas não deixo de fazer a minha caminhada e aconselho a todos que façam também”, disse.
E as orientações foram para todos os públicos: as crianças com material para colorir e aos adultos palestras e jogos com temática sobre o descarte dos remédios. “Os medicamentos são jogados fora de forma incorreta e isso causa um problema sério para o meio ambiente”, destaca Matsutani.
O aposentado Valdir Magalhães Leite aprendeu que todas as unidades básicas de saúde recolhem o material. “Todo mundo tem um posto de saúde perto de casa, então é importante não jogar na rua”, contou.
Automedicação representa 50% dos casos de intoxicação no estado
A delegacia seccional do Conselho Regional de Farmácia de Mogi das Cruzes, Susana Herrera, disse que na década de 1960, com a industrialização dos medicamentos no Brasil, virou um costume as pessoas se automedicarem.
“A automedicação pode mascarar e piorar uma doença grave, porque a pessoa que está tomando não tem conhecimento do medicamento e do seu organismo”
A delegada orientou que antes de ingerir um medicamento, a pessoa consulte ou médico ou um farmacêutico, encontrado em todas as drogarias. “Tem gente que guarda aquela sacolinha de medicamento e pensa que se uma vez fez efeito ou foi prescrito aquele remédio para ela, deve tomar a vida inteira. É um erro”, enfatiza.