2018-07-03 12:00:08
Número de ligações para o Centro de Valorização da Vida aumentou nos últimos anos. Bahia, Maranhão, Pará e Paraná foram últimos estados a terem gratuidade.
Desde o domingo, 1º de julho, as ligações de prevenção de suicídio feitas para o Centro de Valorização da Vida através do número 188 são gratuitas para todo o Brasil. Bahia, Maranhão, Pará e Paraná foram os últimos estados a terem gratuidade através de uma parceria com o Ministério da Saúde.
O Centro de Valorização da Vida (CVV) é uma associação civil sem fins lucrativos que trabalha com prevenção ao suicídio, por meio de voluntários que dão apoio emocional a todas as pessoas que querem e precisam conversar. Eles recebem treinamento adequado e não precisam ter formação em psicologia. Todas as ligações são sigilosas.
Em nota ao G1, o CVV declarou que tentava a gratuidade nas ligações há muitos anos. Há alguns, o Ministério da Saúde entendeu que essa gratuidade seria importante para a redução dos casos de suicídio no país e deu início ao processo.
“Facilitar o acesso do serviço gratuito de prevenção do suicídio e apoio emocional a toda a população brasileira é muito importante. Antes do 188, somente as regiões nas quais havia um dos 90 postos de atendimento do CVV se tinha acesso ao serviço telefônico, pagando o custo de ligação local. Hoje, de qualquer município do país é possível ligar, inclusive de celular, para o CVV”, diz a nota.
Esta ação faz parte do plano de metas do ministério para diminuir as taxas de suicídios no Brasil em 10% até 2020.
11 mil suicídios por ano
Atualmente, a média nacional de suicídio é 5,5 casos a cada 100 mil habitantes. Segundo dados do Ministério da Saúde, em média, 11 mil pessoas tiram suas próprias vidas no Brasil a cada ano.
Quando dividido por faixa etária, os índices em idosos preocupam: foram 8,9 casos a cada 100 mil habitantes nos últimos anos. Os seis estados com maiores taxas de suicídio no país são Rio Grande do Sul, Santa Catarina, Mato Grosso do Sul, Roraima, Piauí e Amazonas.
Até 2016 o CVV tinha uma média de um milhão de atendimentos. Em 2017, esse número dobrou e em 2018 são esperados mais de 2,5 milhões de atendimentos pelo 188.