2018-07-11 12:00:08
O sarampo é um vírus de fácil transmissão e que pode gerar até complicações neurológicas. Casos de hepatites também estão aumentando.
Por que o sarampo, que já tinha praticamente sumido, está de volta? Há casos principalmente no norte do país. Segundo a vigilância de saúde, os novos casos foram trazidos por venezuelanos que chegaram ao Brasil. Já são duas mortes em Roraima e uma no Amazonas – um bebê de apenas sete meses.
O sarampo é um vírus de fácil transmissão e que pode gerar até complicações neurológicas, explica a infectologista Rosana Richtmann. As bolinhas vermelhas só aparecem alguns dias depois e a doença começa com tosse, coriza e febre. Muitas pessoas não tomam a vacina porque acham que o sarampo é uma doença leve, mas a verdade é que ela pode até levar a complicações neurológicas nas crianças.
Entre as complicações estão:
- Infecção nos ouvidos
- Diarreia
- Vômito
- Hemorragia
- Alterações neurológicas (convulsões e encefalites)
- Pneumonia bacteriana secundária
- Hepatite
Todo mundo precisa tomar duas doses da vacina a partir de um ano de idade. A imunização está dentro da vacina tríplice viral (protege contra sarampo, rubéola e caxumba).
Hepatites
Casos de hepatites também preocupam. A hepatite A aumentou mais de 70% no Brasil, principalmente entre homens. A hepatite B também preocupa, porque muita gente esquece de se vacinar.
É possível controlar e mesmo eliminar os vírus da hepatite. Isso porque os vírus A e B têm vacina e ainda existem outros métodos de prevenção e tratamento.
- Hepatite A: transmitida pelo contato de fezes com a boca. É preciso higienizar os alimentos, consumir só água potável, higienizar as partes íntimas e usar proteção no sexo. Tem vacina.
- Hepatite B: transmitida pelos fluídos sexuais e sangue. Usar camisinha, não compartilhar objetos cortantes e cuidados com procedimentos invasivos são meios de prevenção. Tem vacina.
- Hepatite C: também transmitida pelos fluídos sexuais e sangue. A prevenção é a mesma da hepatite B. Esse tipo é o que mais gera adoecimento e óbitos, apesar de 90% dos casos poderem ser curados e os remédios estarem disponíveis no SUS. Não tem vacina.