2018-11-28 10:01:08
Segundo a Entidade, o índice avançou 6,1% em novembro; consumidores estão mais seguros em relação às condições sociais e financeiras.
O Índice de Confiança do Consumidor (ICC) paulistano avançou pelo quarto mês consecutivo, alta de 6,1%, ao passar de 107,9 pontos em outubro para 114,5 pontos em novembro. Em relação ao mesmo período de 2017, o indicador avançou 10,1%.
O ICC é elaborado mensalmente pela Federação do Comércio de Bens, Serviços e Turismo do Estado de São Paulo (FecomercioSP). A escala de pontuação varia de zero (pessimismo total) a 200 pontos (otimismo total).
Entre os dois quesitos que compõem o indicador, o Índice das Condições Econômicas Atuais (ICEA) registrou alta de 6,7%, ao passar de 78,7 pontos em outubro para 84 pontos em novembro. O Índice de Expectativas do Consumidor (IEC) também avançou em 5,9%, ao passar de 127,4 pontos em outubro para 134,8 pontos em novembro. No comparativo anual, ambos registraram altas de 16% e 7,9% respectivamente.
Gênero e renda
O resultado do ICEA destaca as assimetrias verificadas na classe de renda e no corte por gênero. A percepção dos consumidores com renda familiar inferior a dez salários mínimos (SM) em relação às condições econômicas atuais registrou alta de 4,4%, passando de 76,5 pontos em outubro para 79,9 pontos em novembro. Os consumidores acima desse patamar apontaram alta de 11%, ao passar de 83,5 pontos em outubro para 92,7 pontos em novembro.
Na segmentação por gênero, o público masculino obteve alta de 6,4%, ao passar de 84,7 pontos em outubro para 90,1 pontos em novembro. O grupo feminino apontou alta de 7%, de 72,8 pontos em outubro para 77,9% em novembro.
No IEC, destacaram-se as duas maiores altas: o grupo daqueles consumidores com renda superior a dez salários mínimos, que registraram avanço de 11% ao passar de 83,5 em outubro para 92,7 pontos em novembro; e o grupo dos consumidores com idade até 35 anos, com alta de 8,3%, de 86,4 em outubro para 93,5 pontos em novembro.
De acordo com a FecomercioSP, a quarta alta consecutiva do ICC demonstra que os consumidores se mostram mais seguros em relação às condições sociais e financeiras, com percepções mais otimistas em suas avaliações. Passado o período de incertezas políticas, a confiança tende a ser retomada de forma gradual, com base na capacidade de reação mais consistente da economia nos próximos meses.
Metodologia
O Índice de Confiança do Consumidor (ICC) é apurado mensalmente pela FecomercioSP desde 1994. Os dados são coletados de aproximadamente 2,1 mil consumidores no município de São Paulo. O objetivo é identificar o sentimento dos consumidores levando em conta suas condições econômicas atuais e suas expectativas quanto à situação econômica futura.
Os dados são segmentados por nível de renda, sexo e idade. O ICC varia de zero (pessimismo total) a 200 (otimismo total). Sua composição, além do índice geral, apresenta-se em: Índice das Condições Econômicas Atuais (ICEA) e Índice das Expectativas do Consumidor (IEC). Os dados da pesquisa servem como um balizador para decisões de investimento e para formação de estoques por parte dos varejistas, bem como para outros tipos de investimento das empresas.
A metodologia do ICC foi desenvolvida com base no Consumer Confidence Index, índice norte-americano que surgiu em 1950 na Universidade de Michigan. No início da década de 1990, a equipe econômica da FecomercioSP adaptou a metodologia da pesquisa norte-americana à realidade brasileira. Atualmente, o índice da Federação é usado como referência nas reuniões do Comitê de Política Monetária do Banco Central (Copom), responsável pela definição da taxa de juros no País, a exemplo do que ocorre com o aproveitamento do CCI pelo Banco Central.