2019-01-17 11:30:08
Governo precisa reduzir gastos e aumentar receitas, sem elevar tributos, para tirar contas públicas da rota de insolvência.
Não há uma única forma de avaliar se um governo é bem-sucedido ou não. Contudo, para a população, em geral, um ponto delicado é a economia. E, nesse campo, embora o resultado econômico possa ser analisado de diversas maneiras, o que de fato interessa aos cidadãos são emprego e renda – condições que melhoram a vida das pessoas.
O governo do presidente Jair Bolsonaro assume o Executivo federal com respaldos popular e político consideráveis, mas tem uma tarefa árdua pela frente: o ajuste fiscal. Em outras palavras, como o Estado brasileiro está endividado, o governo precisa reduzir gastos e aumentar receitas. De preferência, até para não perder apoio da população, deve aumentar receitas sem criar ou elevar tributos, o que é possível com crescimento econômico.
Nesse caso, se o governo tiver sucesso em mostrar que está empenhado com a política de austeridade fiscal, estará, ao mesmo tempo, fomentando um ambiente de crescimento, uma vez que ficará claro aos investidores o compromisso do Brasil com essa pauta.
A peça-chave da questão fiscal é a Reforma da Previdência. Modificar as regras de aposentadorias e pensões deve ser a prioridade do governo, porque, sem essa reforma, as contas públicas, que já não fecham no presente, pioram ainda mais no futuro.
Nada impede o encaminhamento de pautas de outras áreas, como segurança, educação e saúde, mas, se não remodelar o sistema previdenciário – principal responsável pelo rombo no orçamento da União –, dificilmente o governo terá condições de viabilizar políticas eficientes.