Sincofarma SP

Empresário deve manter gastos na ponta do lápis e continuar com promoções para atrair cliente

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2019-06-13 13:30:08

 

Enquanto a confiança do consumidor não se recupera, comerciante deve evitar endividamento e aquisição de financiamentos para quitar as contas do dia a dia.

 

O empresário do comércio varejista deve evitar endividamento e aquisição de financiamentos para quitar as contas do dia a dia. No fim deste primeiro semestre, o mais importante é girar o estoque de mercadorias e manter o fluxo de caixa para conseguir realizar os pagamentos obrigatórios, como tributos, funcionários e fornecedores.

A Federação do Comércio de Bens, Serviços e Turismo do Estado de São Paulo (FecomercioSP) recomenda ainda que o comerciante negocie com fornecedores e procure pelas menores taxas bancárias e empresas de máquinas de cartões com os menores valores de mercado. Além disso, deve dar continuidade às promoções, ainda que a margem de lucro seja reduzida.

A Entidade afirma que essas ações são fundamentais para que o empresário mantenha o negócio em dia até a melhora na confiança do consumidor. A Pesquisa Conjuntural do Comércio Varejista no Estado de São Paulo (PCCV), realizada mensalmente pela FecomercioSP, apontou desaceleração nas vendas no acumulado dos últimos 12 meses: de 5,2% em fevereiro para 4,7% em março. Para a Entidade, o motivo é a insegurança dos clientes em decorrência de alta do desemprego, inflação crescente e desvalorização do real, o que tem ocasionado perda do poder de compra e aumentos do endividamento e da inadimplência.

No entanto, a análise da PCCV de março mostra que, no mês, as vendas atingiram R$ 58,8 bilhões, alta de 1,2% em relação ao mesmo período de 2018. No acumulado de 2019, o aumento foi de 4,2%, o que representa um montante de R$ 7 bilhões maior do que o obtido no período de janeiro a março de 2018.

Das nove atividades pesquisadas, sete obtiveram alta em seu faturamento real no comparativo anual, com destaque para os setores de materiais de construção (7,7%), farmácias e perfumarias (6,6%) e supermercados (0,9%). Juntos, contribuíram para o resultado geral com 1,3 ponto porcentual.

Por outro lado, os segmentos de concessionárias de veículos (-6%) e eletrodomésticos, eletrônicos e lojas de departamento (-1,6%) sofreram quedas nas vendas. Somados, eles impactaram negativamente com 0,8 ponto porcentual para o desempenho final.

Os dados reforçam que os paulistanos estão focados em comprar apenas o essencial – a atividade de supermercados se destacou nos três primeiros meses do ano. Por outro lado, bens duráveis (como automóveis e eletrônicos) obtiveram resultados negativos em março.

Capital paulista

Em março, as vendas do varejo na capital paulista ficaram praticamente estáveis, com leve alta de 0,1% na comparação com mesmo mês em 2018. Ainda assim, as vendas registraram R$ 18 bilhões, R$ 26,4 milhões a mais do que no ano passado. Trata-se da maior cifra para um mês de março desde 2008, início da série histórica.

No acumulado do ano e nos últimos 12 meses, o aumento foi de 3,6%. Das nove atividades pesquisadas, seis apontaram expansão no faturamento real no comparativo anual, com destaque para os setores de materiais de construção (8,3%) e outras atividades (3%).

Em contrapartida, as vendas foram menores nos segmentos de concessionárias de veículos (-6%) e eletrodomésticos, eletrônicos e lojas de departamento (-5,1%).

A PCCV colhe informações segmentadas em 16 Delegacias Regionais Tributárias (DRTs) da Secretaria da Fazenda do Estado de São Paulo (Sefaz/SP) e nove setores (autopeças e acessórios; concessionárias de veículos; farmácias e perfumarias; lojas de eletrodomésticos e eletrônicos e lojas de departamentos; lojas de móveis e decoração; lojas de vestuário, tecidos e calçados; materiais de construção; supermercados; e outras atividades).