2019-06-15 11:30:08
É normal ficarmos em dúvida sobre quais cosméticos levar para casa: além da enorme variedade de produtos disponíveis hoje, praticamente todos eles contêm no rótulo ingredientes difíceis de decifrar. Isso é perigoso, pois certas substâncias que compõem esses cosméticos podem causar problemas não só para a pele e os cabelos, mas para a saúde de todo o seu organismo.
É que muitos produtos contêm os chamados xeno bióticos, substâncias capazes de alterar o funcionamento do nosso sistema neuro-endócrino e de aumentar processos inflamatórios do corpo. Entre os principais xeno bióticos presentes na cosmetologia estão o óleo mineral, parabenos, propilenoglicol e conservantes liberadores de formol.
Como identificar as substâncias indesejadas
Já que o rótulo dos produtos muitas vezes é complicado de se decifrar, listamos abaixo os nomes em que você deve ficar de olho. À esquerda estão os termos que aparecem na embalagem e, em seguida, o nome como conhecemos:
Paraffinum liquidum: Óleo mineral
Paraffin: Parafina
Petrolatum: Vaselina
Propylene Glycol: Propilenoglicol
Propylparaben: Propilparabeno
Methylparaben: Metilparabeno
Ethylparaben: Etilparabeno
Butylparaben: Butilparabeno
Isobutylparaben: Isobutilparabeno
DMDM Hydantoin: DMDM Hidantoína
Imidazolidinyl urea: Imidazolidinil ureia
Quais danos cada um deles pode causar para a nossa pele?
Estudos mostram que cosméticos contendo óleo mineral podem contribuir para a artrite reumatoide, principalmente em indivíduos com genótipos específicos que levam à predisposição e em quem é exposto simultaneamente a outros agentes ambientais que também favorecem o problema.
Quanto aos parabenos, em uma análise com 8 produtos cosméticos contendo essa substância, 6 apresentaram atividade estrogênica. Isso significa que o parabeno se comporta no organismo como se fosse o próprio estrogênio, ligado a problemas hormonais que podem levar a alterações no ciclo menstrual, na fertilidade e nos ovários, além de influenciar no início da puberdade e no desenvolvimento de alterações inestéticas como manchas, celulite e acne.
O propilenoglicol altera a camada de proteção da barreira cutânea criando falhas em sua permeabilidade. Isso faz com que outros agentes químicos possam penetrar mais profundamente na pele, aumentando a toxicidade pela maior quantidade que chega na corrente sanguínea. Com isso, as exposições contínuas ao propilenoglicol aumentam as chances de sensibilização e ocorrência de dermatites.
Os liberadores de formol, por ainda conterem resíduos de formaldeído livre, podem liberá-los na pele quando aquecidos. Assim, podem provocar alergia de contato e sensibilização e até mesmo contribuir para o aparecimento do câncer de pele.
Além de prestar bastante atenção aos nomes no rótulo do produto, é importante que você saiba exatamente quais substâncias são indicadas para seu tipo de cabelo e pele. Por isso é importante, antes de começar qualquer tratamento, marcar uma consulta com seu dermatologista.