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Fiocruz, no Rio, vai fabricar remédio usado no tratamento do HIV

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2019-06-24 13:00:08

 

Começo da produção inteiramente pública é previsto para agosto. Última autorização que falta é da Anvisa. Medicamento é fabricado atualmente em parceria com setor privado.

 

O Duplivir, um medicamento usado para o tratamento do HIV, começará a ser totalmente fabricado pela Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz) no Rio de Janeiro. Esse processo deve baratear os gastos em 10% do Governo Federal com a compra do medicamento para o Sistema Único de Saúde (SUS).

O Duplivir será totalmente fabricado pelo Instituto de Tecnologia em Fármacos, da Fiocruz, a partir de agosto. Atualmente ele é fabricado em uma parceria entre a Fiocruz e laboratórios privados.

Ao longo de cinco anos, o Ministério da Saúde solicitou um total de 368 milhões de unidades do Duplivir que foram fabricadas em parceria com a iniciativa privada.

O valor de mercado do remédio é de R$ 3 por unidade. A Fiocruz conseguiu baixar o preço para R$ 1,90 por causa dessa parceria. Isso representou uma economia de R$ 258 milhões aos cofres públicos.

Para a produção completa da Fiocruz falta apenas uma autorização do procedimento pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa).

Nos primeiros quatro meses deste ano, a Fiocruz já conseguiu produzir 30 milhões de unidade. A expectativa é de que, até o fim do ano, sejam produzidas 75 milhões de unidades.

“Esse projeto faz parte de uma política do Ministério da Saúde que chama Parceria de Desenvolvimento Produtivo (PDP) onde um laboratório privado transfere essa tecnologia de produção para um laboratório público”, explicou Alessandra Esteves, coordenadora de Desenvolvimento Tecnológico de Farmanguinhos, da Fiocruz.

Ela esclareceu que o país já possui um programa de combate à Aids mundialmente conhecido e que já domina a tecnologia de produção dos remédios para o tratamento da doença.

“Além disso, a gente amplia o acesso à população, pois conseguimos reduzir os preços, estamos estimulando a indústria nacional, geração de renda, geração de empregos”, destacou Esteves.