Sincofarma SP

Fornecimento de PBM’S fazem distinção entre drogarias

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2019-08-21 14:00:08

 

Pequenos e médios são excluídos de programas e ficam defasados de destaque no mercado.

 

Não é novidade que as drogarias têm uma grande capacidade de penetração no mercado, com abertura de novas lojas e poder de compra, o que acaba impactando o desconto ao consumidor e assim favorecendo o destaque. O Sincofarma tem recebido alguns relatos de empresas que se sentem discriminadas pelo fato de serem pequenas ou médias e não possuírem as mesmas condições, devendo por si se especializarem para resgatar o público. Fabio Chaves, farmacêutico e proprietário de uma das lojas da Rede Drogarias Maestra, filiada à Farmarcas e à Febrafar e também associado ao SINCOFARMA/SP, acredita que a competitividade é natural e que incentiva o pequeno e médio a se aperfeiçoar. “Competição e mercado aberto são assim mesmo e funcionam dessa forma. O que acabamos nos apegando é no diferencial do atendimento, para ainda retermos clientes. A competição também mexe conosco nesse sentido de melhorar e aprimorar não só atendimento, mas também o próprio PDV, layout da loja e descontos. Nos tira da zona de conforto também”, ele diz.

GALDERMA FAZ DIFERENÇA EM PROGRAMA DE BENEFÍCIOS DE COMPRAS

Dentro dessa competição e desigualdade de abertura de mercado, algumas indústrias farmacêuticas que fornecem os produtos às lojas incentivam uma disputa desequilibrada ao favorecer algumas lojas em programas de benefício de compras. Fabio já presenciou duas situações às quais solicitou tais programas e lhe foi negado, pelo simples fato das indústrias fazerem distinção de fornecimento.  Como é o caso da Novo Nordisk, indústria farmacêutica dinamarquesa, e, mais recentemente, a Galderma, unidade de soluções médicas Nestlé Skin Health.

Um PBM – Programa de Benefícios Médicos – consiste em a indústria conceder um desconto na compra de produtos, através da drogaria. Porém, muitas vezes essas drogarias são selecionadas pela própria indústria, defasando os pequenos e médios que não podem oferecer o desconto ao público. “Eu acho que a indústria interferir dessa forma é extremamente desleal, isso impede uma competição sadia e, sim, promove uma competição injusta. Quando o cliente chega na minha loja, acostumado a comprar conosco, e não tem condições de adquirir aquele item com o desconto da indústria, ele fatalmente vai para outra loja. Então, vemos isso de maneira muito negativa. Acho interessante haver esses descontos da indústria, mas a indústria não deveria restringir”.

A ESPERA DO BENEFÍCIO DA GALDERMA

Fabio entrou em contato com a Novo Nordisk e a fornecedora liberou o programa, que já está sendo utilizado pela sua rede. Porém, tentou contato com a Galderma e não obteve retorno para adquirir o desconto aos pacientes. “Já mandei um e-mail externando minha insatisfação com a Galderma, mas não obtive retorno. Só disseram que estão analisando e estou aguardando um posicionamento deles”, relata Fabio.

Tal e-mail do empresário e farmacêutico foi mandado no dia 1º de agosto. O departamento de comunicação do Sincofarma/SP, através da nossa jornalista, também entrou em contato com a Galderma para colher o posicionamento da empresa, porém não obteve sucesso telefônico. Por e-mail, o SAC da Galderma informou que a demanda foi direcionada internamente para análise da área responsável e que retornaria diretamente logo após, o que não aconteceu e desde o dia 12 de agosto.

O Sincofarma SP continuará acompanhando este processo e continua na insistência de uma resposta da unidade de soluções médicas da Nestlé, Galderma. Lamentamos muito que situações como estas devam gerar notícias desagradáveis, ecoando profundo manifesto de injustiça, tanto no que diz o procedimento da empresa aos benefícios, quanto à falta de uma resposta com uma solução plausível.

ASSOCIADOS PODEM PEDIR AJUDA AO SINCOFARMA

Assim como nesta situação, os proprietários de farmácias e drogarias que o SINCOFARMA representa devem procurar nossa instituição para que possamos expor problemas e procurar respostas. Inclusive, podemos tentar, como neste caso, buscar uma solução junto às autoridades competentes. Também, o Sincofarma dispõe de um departamento jurídico para tentativa de solução nessas questões, junto às indústrias.

Por Maíra Bergamo
Revisão por Angélica Saldeira