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FEMSA negocia compra das drogarias São Paulo e Pacheco

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2019-12-03 12:00:08

 

As tratativas da compra das drogarias São Paulo e Pacheco pela FEMSA são para 100% do negócio.

 

A mexicana FEMSA está negociando a compra do Grupo DPSP, dona das Drogarias São Paulo e Pacheco. As conversas ainda são preliminares e não há garantia de que o negócio será fechado.

As tratativas são para a compra de 100% do negócio e o DPSP vem sendo representado por uma ex-banker do Banco Espírito Santo que assessorou a Pacheco na fusão com a São Paulo, em 2011.

As incursões de investidores estratégicos internacionais no varejo farmacêutico brasileiro nunca foram muito bem-sucedidas. A CVS – que chegou a negociar a compra do DPSP há cerca de cinco anos – acabou tendo que vender a Onofre para a Raia Drogasil no ano passado, após tomar prejuízo com o negócio.

A FEMSA, no entanto, tem expertise no negócio na América Latina, bolsos fundos e apetite pelo Brasil. Mais conhecida por ser a dona da maior engarrafadora de Cola-Cola no mundo, com operações no Brasil, a holding também tem um braço que opera mais de 1.100 farmácias no México e no Chile sob as marcas YZA, Moderna, Farmacon e Cruz Verde.

A holding começou a investir em farmácias no México em 2013, como uma forma de alavancar a expertise no varejo, adquirida em lojas de conveniência. Além disso, a FEMSA é dona da Oxxo, a maior rede de lojas de conveniência da América Latina, com mais de 18 mil pontos de venda no México, Colômbia, Chile e Peru.

FEMSA e Drogarias São Paulo e Pacheco

As conversas com a DPSP vêm num momento em que a FEMSA finca o pé no varejo brasileiro, com lojas de conveniência.

Em agosto, a empresa fechou sociedade com a Raízen – joint venture da Shell com a Cosan – para operar e expandir as lojas Shell Select e criar uma rede de lojas de proximidade com a bandeira Oxxo.

A DPS tem 1.350 lojas concentradas, principalmente em São Paulo e no Rio de Janeiro.

Em 2018 a companhia faturou R$ 9,1 bilhões, 3% a mais do que no ano anterior. O lucro, no entanto, recuou de 23% para R$ 216 milhões.

A Pacheco e a São Paulo se fundiram em 2011, meses depois de a Raia se juntar à Drogasil. A família Barata, dona da Pacheco, tem participação de 51% na DPSP. Os 49% restantes estão nas mãos da família Carvalho, fundadora da Drogaria São Paulo.