2020-01-03 11:30:08
O efeito é da rapamicina, utilizada por pacientes que recebem órgãos transplantados.
A revista científica GeroScience, focada no envelhecimento e doenças crônicas relacionadas à idade, publicou um estudo que comprova que aplicada diretamente na pele, a rapamicina, substância imunossupressora para evitar a rejeição de órgãos transplantados, é capaz de adiar o envelhecimento da pele, reduzir rugas e flacidez, melhorar seu aspecto e deixar seu tom mais uniforme.
A rapamicina também pode ser utilizada como medicamento de combate ao câncer e no tratamento de uma doença pulmonar rara, porém pesquisadores de todo o mundo estão buscando compreender seus efeitos no envelhecimento celular. Demais pesquisas também indicam que ela pode ser aproveitada na prevenção de doenças neurodegenerativas, como Alzheimer.
A pesquisa
Os cientistas da Escola de Medicina de Drexel, EUA, convocaram 13 pessoas acima de 40 anos para usar uma loção de rapamicina. A orientação era aplicar o creme em uma das mãos a cada um ou dois dias e placebo na outra. Durante oito meses houve o acompanhamento dos voluntários, com análise de sangue e biópsia a cada dois meses, até a finalização do estudo.
Foi observada na maior parte das mãos que aplicaram a rapamicina o aumento na produção de colágeno, concomitante com níveis mais baixos de proteína p16 – influente no envelhecimento das células da pele e atrofia dérmica, comum em idosos pela fragilidade em rasgar e na cicatrização de cortes ou perfuração.
O efeito positivo na pele acontece pelo bloqueio da proteína TOR, molécula que age no metabolismo, crescimento e envelhecimento das células epidérmicas. Essa seria principal função da rapamicina e com base nesse descobrimento, os pesquisadores pretendem continuar investigando a utilização da rapamicina no tratamento de outras doenças.