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Austrália gera versão de coronavírus em laboratório para contribuir com estudos sobre a vacina

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2020-01-30 11:00:08

 

Pesquisadores australianos recriaram uma versão do novo coronavírus para a criação de vacinas para conter epidemia.

 

Uma equipe de cientistas na Austrália informou nesta quarta-feira (29) que desenvolveu uma versão de laboratório do novo coronavírus, a primeira a ser recriada fora da China, em uma descoberta que pode acelerar a criação de um vacina contra o vírus.

Os pesquisadores do Instituto Peter Doherty para Infecção e Imunidade, em Melbourne, disseram que compartilhariam a amostra, desenvolvida a partir de um paciente infectado, com a Organização Mundial de Saúde (OMS) e laboratórios de todo o mundo.

“Este é um passo, é uma peça do quebra-cabeça com a qual contribuímos”, disse o vice-diretor do instituto, Mike Catton, a repórteres, enquanto pontuava que, sozinha, a amostra não venceria a luta contra o vírus.

O surto de coronavírus irrompeu na cidade de Wuhan, região central da China, no fim de 2019. Embora o país tenha isolado boa parte da província de Hubei, cujo volume populacional se assemelha ao da Itália, o vírus já se alastrou por mais de doze países, da França aos Estados Unidos.

Um laboratório chinês já cultivou o vírus, mas divulgou apenas a sequência de genoma, não a amostra em si, de acordo com a rede de televisão pública Australian Broadcasting Corp.

Além de contribuir para a criação de uma vacina, a amostra cultivada na Austrália poderia ser usada para gerar um teste de anticorpos, o que permitiria a detecção do vírus em pacientes que não apresentavam sintomas, informou o Instituto Doherty.

“Ter o vírus real significa que, agora, temos a capacidade de validar e verificar todos os métodos do teste”, disse Julian Druce, chefe do laboratório de identificação de vírus do instituto.

Atualizações sobre coronavírus

  • 3 novos casos de infecção na Alemanha na terça
  • 3.554 casos de infecção confirmados em Hubei até o momento.
  • São 125 mortes mortes em Hubei, destas 104 em Wuhan.
  • Sobe para 6.062 casos de infecção confirmados em 16 países (incluindo a China), sendo 5.997 casos somente na China. Arábia Saudita desmentiu o caso anunciado previamente.
  • 3 casos suspeitos no Brasil: em MG, RS e PR, secretaria de Saúde do Paraná descartou este caso mas investiga outro. Ministério da Saúde ainda não confirmou que o caso do Paraná foi descartado.
  • Nenhuma das mortes confirmadas até o momento ocorreu fora da China.

 

Foto: Antonio Perez/Chicago Tribune/AP