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A fertilidade masculina não melhora com suplementos de antioxidantes

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2020-03-11 11:30:08

 

Ingerir micronutrientes, como vitaminas C e E, selênio e zinco não ajuda na qualidade do sêmen.

 

Anteriormente, houveram estudos que afirmavam que dietas ricas em complexos com teor oxidante, vitaminas e minerais poderiam favorecer uma gravidez, por melhorarem a qualidade do sêmen. É comum que as farmácias ofereceram para venda esses compostos em forma de suplementos. Porém, novo estudo aponta que essas cápsulas não fazem diferença na fertilidade masculina.

A pesquisa utilizou um suplemento com as vitaminas C, D e E, selênio, zinco, licopeno, l-cartinina e ácido fólico de três a seis meses, entre 171 casais, com homens que possuíam problemas para reprodução, como baixa concentração de espermatozoides, já as mulheres tinham menos de 40 anos e eram aptas a engravidar. Metade dos casais ingeriu as cápsulas e metade placebos. Os voluntários e os médicos desconheciam quem estava tomando o que.

O estudo

Os casais foram instruídos a tentar engravidar durante três meses de forma natural e, após esse período se não desse certo, seria feita uma inseminação intrauterina, que insere o sêmen no útero da mulher.

A avaliação das amostras do sêmen e das gestações, depois da fase de tentativas, mostrou que não havia diferenças relevantes na motilidade, concentração, qualidade do DNA ou morfologia dos espermatozoides vindos dos homens que ingeriram os suplementos.

Por sua vez, as taxas de nascimento chegaram a ser pouco maiores entre os casais que tomaram o placebo, de 24% contra 15%.

Os pesquisadores afirmaram que os resultados seriam mais eficazes se houvesse um número maior de voluntários. Como a suplementação não indicava o benefício, não teve adesão suficiente de casais dispostos a tomar as cápsulas por três meses. Um número maior definiria a influência dos compostos. A recomendação é a ingestão natural de uma dieta equilibrada que contenham essas substâncias em frutas, legumes e verduras.

A pesquisa foi feita pelos Institutos Nacionais de Saúde dos Estados Unidos e publicado no periódico da Associação Americana de Medicina Reprodutiva, Fertility and Sterility.

 

Com informações da Abril.