2020-08-24 12:19:54
O diretor executivo da DeVant Care, Ivam Cavalcante Pereira Jr., explica qual dos dois é melhor para o ambiente de farmácias e drogarias.
Com a pandemia da Covid-19, surgem diversas dúvidas a respeito de como efetuar a higienização adequada dos ambientes, bem como sobre quais os procedimentos mais indicados para a limpeza das superfícies. Os termos são muitos: limpeza, higienização, desinfecção, sanitização, esterilização; e o diretor executivo da DeVant Care, Ivam Cavalcante Pereira Jr., explica a diferença entre dois deles: a sanitização e a desinfecção.
Qual a diferença entre sanitização e desinfecção?
Por definição da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) ( RDC 14), a sanitização reduz o número de bactérias e a desinfecção mata todos os microrganismos patogênicos.
Quais deles pode ser aplicado em farmácias?
O desafio da aplicação em farmácias é que a solução aplicada não pode ser úmida, nem deixar resíduos e deve, a todo custo, evitar que o processo cause resultados negativos em usuários dos produtos. Isso porque as farmácias lidam com itens que vão além de medicamentos, envolvendo, também, itens embalados (como gazes, chupetas e fraldas, por exemplo). Soluções úmidas e seus resíduos podem (e muito provavelmente vão) adentrar estas embalagens e acabar chegando ao usuário final. Atualmente, não há solução sanitizante ou desinfetante para aplicação em humanos e, por este motivo, aquele cliente que comprou uma gaze ou uma chupeta para seu bebê pode levar a ele um alergênico que causará reação a longo prazo.
Quais os benefícios de cada um deles?
Entendo que a sanitização, por não dispor de efetiva validação normativa e, também, por ser uma aplicação úmida, deixando resíduos, não traz benefícios para o ambiente da farmácia. Podemos comparar a farmácia ao ambiente hospitalar, onde não é utilizada a sanitização.
A desinfecção é sempre o melhor caminho. Devemos buscar soluções que tenham validação normativa e, também, disponham de aplicação por difusão seca, que não deixa resíduos.
