2020-10-20 12:20:12
O setor de saúde terá uma alta, em média, de 7% em comparação a 2019. Está incluso, por exemplo, as despesas com medicamentos e planos de saúde.
Neste ano atípico de pandemia, o setor de saúde terá uma alta, em média, de 7% em comparação a 2019, totalizando R$ 275,8 bilhões, incluindo as despesas com medicamentos, planos de saúde e tratamentos médico e dentário. É o que aponta a Pesquisa IPC Maps, especializada em potencial de consumo dos brasileiros há mais de 25 anos, com base em dados oficiais.
Segundo o levantamento, esse crescimento é ainda maior (22,3%) quando observados os desembolsos apenas com planos de saúde e tratamentos, que somam R$ 142,1 bilhões neste ano.
Para o responsável pelo IPC Maps, Marcos Pazzini, esse acréscimo deve-se ao “reajuste que fora autorizado pela ANS para os planos de saúde individuais e em grupo, ainda que posteriormente o mesmo tenha sido revogado. Além disso, com o aumento do desemprego, a população teve de recorrer a um plano de saúde individual para continuar com cobertura, principalmente em tempos de pandemia”.
Em contrapartida, as despesas com medicamentos apresentam queda de 5,5% em relação ao ano passado, chegando a R$ 133,7 bilhões. “Nesse momento de recessão econômica, a população tem aderido a medicamentos mais baratos e os genéricos têm sido uma excelente opção”, considera Pazzini.
Esse é apenas um recorte da pesquisa, finalizada em maio último. Ela leva em consideração todo o cenário de pandemia, destacando que o consumo nacional nos diversos setores econômicos se igualará a índices de 2012, com a maior retração desde 1995.
Mesmo com pandemia e máscaras, setor de beleza tem alta de 41,2%
O setor de higiene e cuidados pessoais é um dos poucos que não sofreram os efeitos da pandemia neste ano. Pelo contrário, a categoria segue crescendo e deve superar em cerca de R$ 40 bilhões o desempenho obtido em 2019.
Segundo o levantamento, os brasileiros também devem gastar até o final deste ano R$ 136,1 bilhões, contra os R$ 96,4 bilhões desembolsados no ano passado.
Neste cálculo, são levadas em conta as despesas com artigos de higiene e beleza, como perfume, creme, bronzeador, maquiagem, sabonete, papel higiênico, absorvente e desodorante, além de outros produtos para cabelo, pele, boca, unha etc.
De acordo com Pazzini, esse desempenho satisfatório no segmento de beleza evidencia uma “perspectiva de mercado pós-pandemia bem otimista, pois até mesmo em cenários recessivos, a população, ainda que usando máscara, não poupa recursos destinados ao seu bem-estar e à sua autoestima, inclusive a de classes sociais mais baixas”.