Sincofarma SP

Perguntas e respostas sobre a vacinação contra COVID-19

Compartilhe:

Facebook
LinkedIn
WhatsApp

2021-01-26 16:31:53

 

Quando começa? É obrigatória? Precisa pagar? Existe vacina melhor do que outra? Se você tem essas dúvidas leia a matéria até o final.

 

 

1 – Quando começa a vacinação no Brasil?

Vacinação começou dia 18 de janeiro. Importante lembrar que a vacinação, no momento, é emergencial e restrita. A autorização da Anvisa vale para 8 milhões de doses. Não há como vacinar a população em geral por enquanto.

 

2 – Preciso levar algum documento ou me cadastrar em algum site?

Todas as pessoas serão vacinadas, mesmo que não apresentem algum documento. Basta comprovar que pertence ao grupo prioritário correspondente à fase da vacinação. No entanto, para fazer o controle, o Ministério da Saúde diz que é importante informar o número do CPF ou apresentar o Cartão Nacional de Saúde (CNS) – o Cartão do SUS. Caso a pessoa não esteja cadastrada nas bases de dados do Ministério da Saúde, o profissional no posto de saúde poderá registrá-lo no momento do atendimento. Por isso, o melhor é levar algum tipo de documento.

3 – Quais vacinas serão aplicadas no Brasil?

Por enquanto, duas vacinas foram aprovadas para uso emergencial: a CoronaVac, desenvolvida pelo laboratório Sinovac em parceria com o Instituto Butantan, e a vacina de Oxford, desenvolvida pela AstraZeneca e pela Universidade de Oxford, em parceria com a Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz).

4 – Quais serão os grupos prioritários?

Em 22 de janeiro, o Ministério da Saúde incluiu novos grupos entre os prioritários da vacinação. Segundo o plano nacional de imunização atualizado, as prioridades da campanha são:

  • Pessoas com 60 anos ou mais institucionalizadas
  • Pessoas com deficiência institucionalizadas
  • Povos indígenas vivendo em terras indígenas
  • Trabalhadores de saúde
  • Pessoas de 60 anos ou mais
  • Povos e comunidades tradicionais ribeirinhas
  • Povos e comunidades tradicionais quilombolas
  • Pessoas com comorbidades
  • Pessoas com deficiência permanente grave
  • Pessoas em situação de rua
  • População privada de liberdade
  • Funcionário do sistema de privação de liberdade
  • Trabalhadores de educação
  • Forças de segurança, salvamento e Forças Armadas
  • Trabalhadores de transporte coletivo rodoviário de passageiros
  • Trabalhadores de transporte metroviário e ferroviário
  • Trabalhadores de transporte aéreo
  • Trabalhadores de transporte de aquaviário
  • Caminhoneiros
  • Trabalhadores portuários
  • Trabalhadores industriais

 

5 – Quais serão as fases de vacinação?

Na segunda versão do plano de imunização, o governo detalha apenas como será a primeira etapa de vacinação: Serão 2,8 milhões de pessoas que receberão duas doses da CoronaVac (6 milhões de doses disponíveis). Estão neste grupo:

  • Trabalhadores da saúde na linha de frente contra a Covid-19;
  • Pessoas idosas (mais de 60 anos) residentes em instituições de longa permanência (institucionalizadas);
  • Pessoas a partir de 18 anos de idade com deficiência em Residências Inclusivas (institucionalizadas);
  • População indígena vivendo em terras indígenas.

Depois, preferencialmente, de acordo com a disponibilidade da vacina, novos grupos serão incluídos:

  • Equipes de vacinação que estiverem envolvidas na etapa das primeiras 6 milhões de doses;
  • Trabalhadores das Instituições de Longa Permanência de Idosos e de Residências Inclusivas (Serviço de Acolhimento Institucional em Residência Inclusiva para jovens e adultos com deficiência);
  • Trabalhadores dos serviços de saúde públicos e privados, tanto da urgência quanto da atenção básica, envolvidos diretamente na atenção/referência para os casos suspeitos e confirmados da Covid-19; outros trabalhadores de saúde.

Nesta atual versão do plano, demais prioritários e outros grupos continuam contemplados em uma futura etapa da vacinação, mas não há detalhamento de fases.

6 – Por que a vacinação é importante?

Quanto mais pessoas se vacinar logo no início, mais fácil será tratar eventuais pessoas que ainda não receberam suas doses e precisarão, portanto, de atendimento médico.

As vacinas não garantem que o paciente não terá Covid-19 novamente, apenas diminuem a chance de infecção e também a gravidade da doença em relação às pessoas que não receberam. Por isso, mesmo os vacinados ainda poderão transmitir o coronavírus. O uso da máscara ainda será fundamental, assim como o isolamento.

“Nenhuma vacina é 100% eficaz. Você só consegue maior proteção quando a maior parte da população se vacina, porque quando tem muita gente vacinando, o vírus diminui a circulação e, então, acaba protegendo também quem não está vacinado. Por isso que não é ‘toma quem quer'”, disse Denise Garret, epidemiologista e vice-presidente do Instituto Sabin de Vacinas.

7 – A vacina será gratuita?

Sim. A vacina será disponibilizada pelo Sistema Único de Saúde, sem custos.

8 – Eu devo tomar a vacina mesmo que a eficácia dela não seja de 100%? Não é melhor esperar outras?

Sim, você deve tomar a vacina mesmo que a eficácia dela não seja de 100%.

“Nenhuma vacina tem eficácia de 100%. Tem eficácia de 90%, nenhuma é 100%. Tem que tomar a vacina que ofereça alguma proteção e que esteja disponível – não adianta sonhar com a vacina de 95% e ela não chegar. O risco a que irá ficar exposto em todo esse período é maior do que de já tomar a vacina com eficácia menor, mas com a qual eu garante uma proteção. Para as formas um pouco mais graves, até foi uma proteção maior. Quem sabe ela proteja mais ainda para formas graves”, pontua Alexandre Zavascki, da UFRGS.

9 – Quanto tempo após tomar a vacina eu estarei imunizado contra a Covid-19?

Mesmo após as duas doses da vacina, nosso organismo não gera uma resposta imune imediata, explica o infectologista Jose Geraldo Leite Ribeiro, vice-presidente regional da Sociedade Brasileira de Imunizações (SBIm).

10 – A vacinação contra a Covid-19 acabará com o coronavírus?

Ainda não se sabe. Em maio, a OMS afirmou que não há como prever quando se o coronavírus irá desaparecer um dia, mesmo com uma vacina.

Porém, ainda que a vacina não seja capaz de fazer o vírus desaparecer, ela será capaz de interromper as cadeias de transmissão e conter a disseminação entre as populações.

A previsão dos cientistas e da própria OMS é que o coronavírus se torne endêmico: à exemplo do que ocorre com o Influenza, que infecta novas pessoas todos os anos, o vírus continuará em circulação infectando aqueles que estiverem suscetíveis à Covid-19.

11 – Posso ser infectado pelo coronavírus ao tomar a vacina?

Não, pois nenhuma vacina em testes contém o vírus vivo. “A vacina contra a Covid-19 é uma ‘vacina morta’, ou seja, são inativadas, não contém o vírus vivo. Portanto, é impossível você ser infectado ao se vacinar”, explica Ribeiro.

12 – A vacinação será obrigatória?

Na prática, as vacinas no Brasil já são ‘obrigatórias’. Em diversos estados e cidades brasileiras, quem quiser matricular filhos em colégios públicos, por exemplo, precisa mostrar cadernetas de vacinação em dia. A necessidade de apresentação de caderneta também é obrigatória para quem quer disputar cargos públicos no Brasil e imunização em dia é ‘condição necessária’ para quem se inscreve no Bolsa Família. Outro exemplo de “obrigatoriedade” é a vacina de febre amarela. Segundo a OMS, 127 países exigem a vacinação contra a doença.

13 – Quando teremos imunidade de rebanho com a vacinação?

Ainda é difícil de definir o prazo para atingir a imunidade de rebanho das vacinas contra a Covid-19. Um dos motivos é a falta de definição de qual será a quantidade de doses por mês no Brasil, além de uma certa incerteza dos cientistas com relação à porcentagem da população que é necessária para barrar a transmissão.

14 – Não sou grupo de risco, não sei quando serei vacinado pelo SUS. Poderei comprar a vacina em uma clínica particular?

Ainda não há uma previsão de quando as clínicas particulares conseguirão comprar lotes das vacinas contra a Covid-19 que forem aprovadas no Brasil.

Por Veronica Soares

Ministrante Cursos Sincofarma/SP


Ainda ficou com alguma dúvida?

Escreve para nós o setor técnico do Sincofarma pode esclarecer

Telefone: (11) 3224-0966
Email: comunicacao@sincofarma.org.br

Se inscreva no PROGRAMA DE FORMAÇÃO E HABILITAÇÃO DE FARMACÊUTICOS EM VACINAÇÃO