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CFF informa que subiram 17% das vendas de antidepressivos na pandemia

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2021-03-09 13:16:15

 

Diversos fatores como o medo e o isolamento social fizeram brasileiros ir ao consultório de psiquiatria.

 

O Conselho Federal de Farmácia – CFF levantou que desde 2020, aumentou em 17% as vendas de antidepressivos e estabilizadores de humor.

Porém, a entidade adverte sobre outros indicativos que se relacionam com a saúde mental, como desânimo, ansiedade, distúrbio do sono e a necessidade da busca de ajuda.

O professor da Universidade Federal de Sergipe (UFS) e também consultor do CFF, Wellington Barros, fala sobre os comparativos com 2018 e 2019, os números se mostram significativos. “Verificamos o consumo nos períodos de 2018 em relação a 2017, 2019 a 2018, 2020 a 2019. Este último levantamento teve um aumento significativo de venda de remédios para transtorno de humor e psicotrópicos de 17%. Em 2019, tinha sido de 12% e, em 2018, de 9%. Isso mostra, contudo, o impacto da pandemia na saúde mental das pessoas”.

 

Levantamento durante a pandemia de Covid-19

A análise foi feita em parceria com a Consultoria IQVA e demonstrou os estados que mais se impactaram com os dados:

  • Amazonas – 29%
  • Ceará – 29%
  • Maranhão – 27%

São Paulo é o 18º colocado, com aumento de 16%.

 Marcelo Feijó, membro da diretora da Associação Brasileira de Psiquiatria (ABP), coloca que esse impacto era previsto não só no Brasil, mas no mundo. “Mundialmente, já era sabido que teria a quarta onda da pandemia relativa à saúde mental. A primeira seria a da covid-19. A segunda, das pessoas que têm complicações por causa da doença. Depois, a das pessoas que têm problemas cardíacos, câncer, e que deixaram de buscar tratamento. A última é a de saúde mental. Medo da doença, isolamento, situação da economia levam a esse aumento. Nos consultórios, as pessoas estão falando que estão trabalhando bastante, há aumento de tentativa de suicídio. É bem preocupante”, ele diz.

Ele também coloca que tratamentos psiquiátricos têm diminuído ao longo dos anos, porém é a busca por ajuda ainda é necessária. “É necessário pedir ajuda, porque as medicações são controladas e é preciso ter uma receita dada por um médico. Na classe média, por exemplo, as pessoas vão mais à terapia e tomam medicação. Só que existe uma lacuna entre as pessoas que têm o problema e as conseguem o acompanhamento e ainda houve a interrupção de serviços durante a pandemia.Estima-se que 60% das pessoas que têm problemas psiquiátricos não recebem o tratamento adequado”.

Diferenças entre ansiedade e depressão 

Marco Antônio Abud, psiquiatra e fundador do canal Saúde da Mente, também sinaliza também as diferenças entre ansiedade e depressão. “A depressão é a perda da capacidade de sentir prazer, o mundo parece menos estimulante. Há falta de ânimo, de propósito e pensamentos de culpa excessiva. Já a ansiedade, é um sintoma que todo mundo tem e, de forma geral, é um sistema de alarme para o corpo perceber ameaça. Ela é considerada patológica quando é liberada sem a ameaça real“.

 

Para saber mais sobre as vendas de antidepressivos e outros medicamentos, entre em contato com o departamento de assuntos regulatórios do Sincofarma/SP:

regulatorios@sincofarma.org.br / regulatorios1@sincofarma.org.br

(11) 3224-0966 / (11) 943887-2305

 

Com informações do Estadão