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COVID-19: entenda por que vacinação para a mesma idade muda entre estados

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2021-04-14 18:08:39

 

O Prof. do curso de Vacinação no Sincofarma/SP com chancela do ICTQ, fala para o jornal Estado de Minas com exclusividade e de grande interessante sobre as diferenças de faixas etárias da fila de espera pela vacina nos estados.  

 

O dia de receber a primeira dose da vacina contra a COVID-19 tem provocado ansiedade nos brasileiros de várias faixas etárias. Como cada estado e município pode definir um calendário próprio de vacinação, a demora para uma mesma idade pode ocorrer. Levantamento feito pelo Estado de Minas, com a base de dados do @coronavírusbra1, painel que reúne dados de vacinação, casos e óbitos pelo coronavírus no Brasil e no mundo, mostra que se você tiver 55 anos e morar no Pará, provavelmente será vacinado nos próximos 14 dias. Morando em São Paulo, a espera poderá levar 1 mês e 7 dias.
Conversamos com especialistas para explicar por que a vacinação para a mesma idade muda entre os estados brasileiros e o que pode fazer a fila andar mais rápido. Klauber Menezes Penaforte, farmacêutico e coordenador dos cursos de Farmácia, Biomedicina e Enfermagem da faculdade Pitágoras cita alguns motivos.

Motivos para diferenças na fila de vacinação de uma mesma faixa etária

  • Logística de distribuição das vacinas
  • Variação no número de pessoas por faixa etária
  • Falta de coordenação nacional

 

A influência da logística
Um deles é a estrutura de transporte e distribuição dos insumos nas regiões do país. “Temos que levar em consideração a questão da logística, pois é diferente levar uma vacina para o interior do Amazonas e para o interior de São Paulo. Isso pode afetar a vacinação nos estados”, explica Klauber Menezes.
Número de pessoa por faixa etária

Um outro fator apontado por ele é a diferença na quantidade de pessoas de uma mesma faixa etária entre os estados. “Uma coisa que também temos que pensar é no perfil etário da população. O número de jovens que estão em São Paulo é infinitamente maior do que o número de jovens que estão no Pará. Então, a logística vacinal é mais abrangente”, comenta o farmacêutico. Ou seja, mesmo que a taxa média de vacinação no estado seja alta, ela não é suficiente para agilizar a fila de espera de uma determinada faixa etária.

(foto: Juarez Rodrigues/EM/D.A Press)
Falta de coordenação nacional
Rômulo Neris, virologista pela Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ), lembra que o Brasil quebrou recordes de vacinação no passado. Em 2009, durante a gripe H1N1, o país vacinou todas as pessoas do grupo de risco em apenas três meses.
“Para que essas campanhas de imunização funcionem, elas precisam de um único centro de coordenação. Em geral, essa coordenação vem do Ministério da Saúde, quem é quem implementa o Programa Nacional de Vacinação (PNI). Exatamente por isso é o ministério que define os grupos principais, as faixas etárias a serem vacinadas e adquire e distribui os insumos e as vacinas”, explica.
Neris diz que quando não há o controle central, ocorrem cenários como esse da diferença de prazo de vacinação entre os estados de pessoas de uma mesma idade. “O Ministério da Saúde definiu quais eram os grupos prioritários para receber a vacina, definiu até algumas categorias dentre esses grupos, mas não chegou a determinar um calendário nacional por idade. Isso gerou o cenário que estamos vendo. Municípios vizinhos com discrepantes absurdas” afirma.
Na Região Metropolitana do Rio de Janeiro, por exemplo, entre fevereiro e março o calendário da maioria dos municípios não tinha correlação. “Podia andar 20 minutos de carro, ir para outro município e a faixa etária da vacinação diminuir em 10, 15, 20 anos”, comenta o pesquisador.
sede – São Paulo –
dias 23 e 24 de Abril(sexta-feira e sábado)** ESGOTADO **
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