2021-08-11 11:45:16
Em Israel, um novo medicamento mostrou potencial de 93% de cura em quadros graves de Covid-19. Além disso, os pacientes tratados com o novo fármaco tiveram alta hospitalar em cinco dias após receberem o tratamento.
Segundo o Catraca Livre, esse medicamento foi desenvolvido por uma equipe médica israelense e já está na fase 2 de testes. Para chegar à conclusão, segundo o portal, os médicos testaram o fármaco em 90 pacientes que participaram do estudo na Grécia. Em comum, todos estavam com infecção grave do novo coronavírus e 93% deles foram curados no curto intervalo.
Além da cura, os pesquisadores revelaram que o medicamento se mostrou seguro aos pacientes, ou seja, não houve registro de efeitos colaterais significativos.
Este novo fármaco foi desenvolvido a partir de uma molécula chamada CD24, que está naturalmente presente no corpo e presa na membrana das células. A molécula tem várias funções, entre elas, a regulação do mecanismo responsável pela tempestade de citocinas.
Após terminada essa fase 2 dos testes, a equipe de cientistas está se preparando para lançar a última fase do estudo, que abrange um número maior de voluntários.
Os pesquisadores pretendem concluir o ensaio até o fim deste ano. Se os resultados de eficácia, segurança e qualidade forem confirmados, a equipe de desenvolvedores diz que o tratamento poderá ser rapidamente disponibilizado e com baixo custo.
Cientistas em busca de novos medicamentos
A busca por novos medicamentos para combater a Covid-19 tomou conta dos cientistas, inclusive, os brasileiros. Desde 2020 há uma corrida contra o tempo para encontrar fármacos com potencial para tratar as infecções dos pacientes e diminuir a taxa de mortalidade da doença.
O farmacêutico e professor da Pós-graduação em Farmácia Clínica e Prescrição Farmacêutica no ICTQ – Instituto de Pesquisa e Pós-Graduação para o Mercado Farmacêutico, Rafael Poloni, lembra a atuação dos pesquisadores brasileiros nesse desafio, endossando que a ciência é a maior arma contra o novo coronavírus. Ele ainda destaca a atuação destes profissionais e todos os esforços dos cientistas em prol da pesquisa.
“Os cientistas do Brasil estão trabalhando arduamente desde o início da pandemia, mesmo que o incentivo para a pesquisa no Brasil seja pequeno, quando comparado a outros países. É necessário que os nossos pesquisadores sejam devidamente amparados pelos órgãos públicos, governantes e população”, defendeu.