2021-09-21 15:00:14
A saúde estética é uma área que, cada vez mais, cresce no Brasil e, com isso, amplia as oportunidades para profissionais farmacêuticos que buscam outros ramos de atuação na carreira. Público consumidor e oportunidade não faltam, afinal, o mercado da beleza movimenta, por ano, cerca de R$ 42,6 bilhões de reais.
Os dados são da Associação Brasileira da Indústria de Higiene Pessoal, Perfumaria e Cosméticos (Abihpec). Esse indicador sinaliza o quanto a estética abre espaço para a atividade do farmacêutico, em diferentes campos de atuação.
Como se sabe, conforme previsto nas resoluções 573/13, 616/15 e 645/17, o Conselho Federal de Farmácia (CFF) regulamentou a saúde estética como área de atuação do farmacêutico. No entanto, cabe destacar, a atividade só é permitida mediante curso livre de formação profissional ou de especialização lato sensu em saúde estética, reconhecidos pelo CFF e Ministério da Educação.
Mas quais campos o profissional farmacêutico pode atuar dentro da estética? Confira a seguir quatro diferentes áreas:
1 – Assistência Farmacêutica em dermocosméticos
Na assistência farmacêutica de dermocosméticos, o farmacêutico qualificado atua orientando os pacientes sobre os produtos utilizados em tratamentos destinados para combater patologias da pele, prestando a devida atenção farmacêutica aplicada à estética.
Essa atuação se dá porque o profissional tem conhecimentos específicos em temas como fisiologia, bioquímica, formulações, entre outros, que lhe permitem identificar a disfunção estética do paciente, assim como o biotipo da pele e o produto ideal para atender à necessidade dele, e assim, propor o tratamento estético correto.
A assistência vai desde a anamnese farmacêutica, dispensação e até mesmo a prescrição de dermocosméticos.
Em aula da pós-graduação em Farmácia Clínica e Prescrição Farmacêutica do ICTQ – Instituto de Pesquisa e Pós-Graduação para o Mercado Farmacêutico, o professor Alipio Carmo destaca a importância do profissional em entender o que o paciente busca com determinado tipo de produto ao chegar à farmácia, pois, um mesmo dermocosmético pode ter resultados diferentes em cada pessoa, dadas as suas particularidades de tipo cutâneo ou capilar. Além disso, uma indicação de produto incorreto pode trazer sérias lesões aos pacientes.
“Nós temos que ter consciência, como farmacêuticos, o que estamos usando, o que pode ser usado e como deve ser usado, para entender como funciona todo esse processo”, explicou Carmo.
Cabe ressaltar que o farmacêutico habilitado em prescrição pode receitar produtos em casos de dermatomicoses simples, dermatites, acne, manchas de pele, desidratação de pele, tratamentos para a manutenção da pele, antienvelhecimento, entre outros.
2 – Regulação sanitária com dermocosméticos
Já para os profissionais que desejam atuar na regulação sanitária, a estética também tem espaço. Nesse caso, o profissional lidará diretamente com o campo de Assuntos Regulatórios.
Ele contribuirá para que a companhia atenda todas as diretrizes dos órgãos sanitários para regular o dermocosmético ou cosmético no mercado. Ou, em outros casos, poderá atuar dentro dos próprios órgãos reguladores, como na Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa).
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