2021-11-01 12:49:30
Saber a melhor forma de precificar foi o principal obstáculo para gerir o estoque da farmácia, segundo resultado da última enquete do Panorama Farmacêutico, que registrou a contribuição de 2.994 profissionais do canal farma.
O tópico contou com 1.077 menções (36%).
A escolha dos melhores fornecedores foi apontada por 703 participantes (23%), seguida da ausência de tecnologia, que teve 634 votos (21%). Já para 234 pessoas (11%), saber quando repor os produtos é a principal barreira, enquanto que a catalogação dos itens obteve 256 votos (9%).
Nossa reportagem conversou com o consultor Rodrigo Beleze, da Indikatore, especializada em controle e gestão de estoque. De rupturas a compras desnecessárias, a falta de planejamento para compor um estoque efetivo gera grandes prejuízos financeiros ao negócio. “O segmento farmacêutico tem um desafio extra quando o tema é gerir os estoques, que precisam ser muito horizontalizados (poucas unidades de muitos skus). Sendo assim, interpretar bem a demanda e o mix é fundamental”, ressalta.
Segundo o executivo, também é importante levar em consideração que no segmento farmacêutico há uma migração de demanda em casos genéricos e similares. “Isso não ocorre em todas as marcas, portanto conhecer o perfil do cliente ajuda na decisão de mix”, acrescenta. E quando se fala em interpretar bem a demanda e mix, significa aplicar boa parte dos pontos dessa pesquisa, que resumidamente são essenciais para uma boa gestão da cadeia de abastecimento.
Beleze também alerta que uma farmácia precisa de tecnologia de ponta para ajudar a interpretar estatisticamente sua demanda, fazendo uso de cálculos avançados a fim de encontrar o momento e a quantidade da compra e/ou reposição em caso de haver um CD. “Vale lembrar que utilizar a venda média como base de cálculo não resolve. Quem estiver ainda nesse caminho tem que melhorar os processos. Após esse dever de casa, é hora de começar a cobrar eficiência logística dos fornecedores”, finaliza.
Nova enquete
A nova enquete que está no ar aborda uma questão relacionada à pandemia da Covid-19. Desde a descoberta do novo coronavírus, o distanciamento passou a fazer parte do cotidiano das pessoas mudando drasticamente o modo como cumprimentamos as pessoas. Agora, com o avanço da vacinação e a flexibilização das medidas sanitárias e de segurança, os abraços e apertos de mão, antes abolidos, podem vir a serem retomados. Como você reage a apertos de mão e abraços em meio à pandemia?
