2021-11-26 18:03:05
Marca de canabidiol Greencare acaba de lançar dermocosméticos, que também precisam de receita médica para compra online.
Depois de consolidar na venda do derivado medicinal da cannabis canabidiol, a empresa Greencare agora lançou uma linha de skincare à base de cannabis com três produtos no Brasil.
Estes são os primeiros dermocosméticos de Skin Care à base de cannabis disponíveis para a compra no país.
Para adquirir um dos três, que são focados em tratamento de acne, hidratação e anti-Idade, é necessário, no entato, receita médica, uma autorização online no site da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) e fazer a compra no site da GreenCare.
Exigências
Essas exigências são as mesmas para adquirir a maioria dos produtos de canabidiol vendidos online, que ainda não chegaram nas farmácias.
A saber, no Brasil, a venda do canabidiol para usol oral em farmácias já é permitida para algumas marcas, como a farmacêutica Prati Donaduzzi e a Promediol. Nesses casos, então,basta uma receita médica.
“Com a aplicação tópica do canabidiol, as membranas celulares da pele interagem com os receptores canabinoides possibilitando os benefícios terapêuticos do CBD de forma local, prevenindo inflamação e a dor local. Vale destacar, porém, que a aplicação tópica impede que as moléculas atinjam a circulação. Com isso, o paciente está livre de efeitos colaterais sistêmicos e possíveis interações medicamentosas”, explica a porta voz medical da empresa, Andrea Chulan.
Tratamentos de skincare com cannabis
De acordo, então, com a empresa, estudos que avaliaram a utilização do canabidiol para o tratamento da acne indicaram queda de 75% na produção de sebo, 20% de aumento de hidratação e 80% de melhora na aparência da pele.
Na solução anti-idade, o canabidiol atua diretamente na ação antienvelhecimento e auxilia no processo de revitalização da pele, combatendo os sinais do envelhecimento e reduzindo a aparência de rugas e linha.
Há melhora de 53% na hidratação, diminuição de 4,2 para 3,4 no ph da pele, além de melhora significativa nos parâmetros de viscoelasticidade da pele, além de não provocar eritema.
Ainda de acordo com a GreenCare, o hidratante possui aveia coloidal que ajuda a reduzir sinais de inflamação da pele, acalma a pele sensível e danificada, melhorando, então, seu aspecto.
O produto é capaz de proteger a pele, aliviando rachaduras e rugosidades devido à secura, contendo de forma natural a barreira de umidade. O hidratante também auxilia no tratamento de eritema, edema e rosácea.
O mercado de cuidados com a pele a partir de produtos de derivados da cannabis, até então inexistente no Brasil, é bem consolidado fora do país.
A multinacional Avon tem uma linha com mais de cinco produtos, mas que não são disponibilizados para importação no Brasil.
O segmento Skin Care contendo CBD na formulação deve atingir 1,7 bilhão de dólares em 2025, de acordo com levantamento da consultoria Million Insights.
Nos Estados Unidos, em 2021, devem movimentar acima de 300 milhões de dólares.
Venda em farmácias
Assim como as farmacêuticas Prati Donaduzzi e a Promediol, a GreenCare também pretende entrar nas farmácias físicas e já solicitou à Anvisa a autorização para vender nas farmácias.
Para isso, investiu 40 milhões de reais nessa transição da empresa de apenas uma marca que vende online para uma que comercializa localmente os medicamentos para a população.
A empresa realizou, no final do ano passado, a aquisição de uma fábrica no interior de São Paulo para o desenvolvimento e fabricação de produtos farmacêuticos para o portfólio da companhia que somam 10 produtos e hoje é o maior entre as empresas que operam no país.
Espera
“A expectativa é de receber a autorização em breve”, comenta o CEO da empresa Martim Prado Mattos. Para ele, a entrada no segmento de dermocosméticos e as visitas que a empresa tem feito a dermatologistas está ajudando, inclusive, na popularização do canabidiol oral.
“Tem dermatologista começando a receitar o canabidiol oral para transtornos como ansiedade e depressão, quando causados por acne, por exemplo.”
Mesmo que o processamento de derivados de cannabis seja autorizado pela Anvisa desde 2019, todavia, as marcas ainda precisam importar a matéria prima.