2021-12-23 14:50:04
Gustavo Alves fala sobre esta polêmica onde vivemos em plena pandemia de Covid19, o temível SARSCOV2, e o assunto mais discutido nos últimos tempos são as vacinas contra o Coronavirus. Durante muitos meses se debateu sobre qual a melhor vacina, o intervalo ideal e agora se as crianças devem ou não receber a vacina.
Entretanto, graças às medidas de proteção contra a disseminação da Covid19, conseguimos de forma indireta reduzir a incidência de outras doenças e endemias, dentre elas a gripe, principalmente aquela causada pelo vírus Influenza.
Normalmente o período de maior risco e que registra as maiores taxas de atendimento médico e internações provocadas pelo Influenza ocorre por volta de julho, pleno inverno.
O uso de máscaras e álcool em gel tem sido uma barreira importante contra vários microrganismos, como o que causa a gripe, mas devido à queda dos índices de hospitalizações e mortes por Covid19, além do sucesso das vacinas e números cada vez menores de pessoas com Covid19, houve um relaxamento natural.
As pessoas deixaram de usar máscaras com tanta frequência, dispensaram o álcool em gel e voltaram a se aglomerar em demasia. Desta forma, após termos nos livrado da Covid19, ficamos mais susceptíveis à gripe, ao Influenza.
A recomendação foi para que todos se vacinassem contra a gripe também, mesmo no auge da epidemia de Covid19, e mesmo com grandes quantidades de idosos vacinados, a pergunta que tem acontecido com mais frequência é se esses mesmos idosos precisam se vacinar novamente contra a gripe, fazer uma dose de reforço.
A resposta não é simples, mas a prioridade neste momento deve ser para os não vacinados contra a gripe, inclusive idosos que não foram receber a dose que anualmente deveriam ter recebido. A imunização contra a gripe feita pelo uso da vacina se dá por período próximo a 6 meses.
Em março e abril de 2022 inicia nova campanha de vacinação contra a gripe, portanto é mais sensato aguardar e receber a dose anual de 2022, do que receber nova dose agora, ainda que os 6 meses de proteção tenham sido superados.
Mesmo assim quero lembrar algumas medidas de suma importância para os idosos se protegerem contra a gripe:
– Lavar as mãos com frequência.
– Fazer higiene das mãos com uso de Álcool em Gel.
– Evitar tocar a boca, nariz ou rosto com as mãos.
– Evitar permanecer em ambientes de aglomeração.
– Alimentar-se de forma saudável.
– Ingerir bastante água, salvo idosos com restrição hídrica por problemas renais, por exemplo.
– Não fumar!
Na dúvida sobre medicamentos, procure sempre um farmacêutico.
Gustavo Alves Andrade dos Santos
Farmacêutico, Doutor em Biotecnologia
Coordenador do grupo de Cuidado farmacêutico ao Idoso do Conselho Regional de Farmácia do Estado de São Paulo.
Twitter: @gustavofarmacia
Instagram: @gusfarma Email: gusfarma@hotmail.com
