2022-03-02 12:48:00
O cliente pode retirar a compra na loja sem nenhum custo adicional, enquanto o pedido de reembolso é enviado ao provedor do seguro de saúde do cliente.
Foto: Divulgação CVS Health
Em uma iniciativa inédita e exemplar, a CVS Health passou a oferecer nesta semana um serviço digital que permite a aquisição online de autotestes da Covid-19. O cliente pode retirar a compra na loja sem nenhum custo adicional, enquanto o pedido de reembolso é enviado ao provedor do seguro de saúde do cliente.
A plataforma exige apenas que o paciente insira as informações sobre seu seguro saúde no ato da compra, ficando a cargo da CVS o processamento da solicitação com a empresa de medicina de grupo. Os consumidores recebem notificações por e-mail ou mensagem de texto com atualizações sobre o status do pedido.
“Em um momento tão crítico, com a explosão de casos provocada pela variante ômicron, esse acesso fácil e econômico aos autotestes acelera as estratégias de combate à pandemia”, avalia Michelle Peluso, diretora de clientes da CVS Health e copresidente da CVS Pharmacy.
A orientação do governo norte-americano, implementada em 15 de janeiro, exige que as seguradoras de saúde privadas forneçam cobertura para pelo menos oito testes domiciliares da Covid-19 por pessoa, mensalmente e sem necessidade de receita médica.
Varejo farmacêutico como hub de combate à Covid-19
Desde o início da pandemia, o varejo farmacêutico norte-americano vem se firmando como um polo de combate à Covid-19, por meio das testagens e também como hub de imunização. Em 2021, a CVS Health comercializou 22 milhões de kits de autotestes, administrou mais de 59 milhões de vacinas e 32 milhões de testes rápidos para a detecção do novo coronavírus – esse último número é o triplo dos 10,7 milhões de atendimentos registrados nas farmácias brasileiras.
Mas no Brasil…
Essa inovação, porém, parece bem distante do mercado brasileiro. A redação do Panorama Farmacêutico contatou algumas das maiores redes do país, mas nenhuma sinalizou que implementará um projeto do gênero.
“Vivemos um cenário diferente dos Estados Unidos, onde parte considerável das dispensações de medicamentos e serviços está vinculada a PBMs ou grandes seguradoras”, argumenta Fernando Ferreira, diretor comercial, de marketing e consumer experience do Grupo Tapajós.
No entanto, Ferreira acredita que o varejo farmacêutico terá um campo de atuação com a emissão de laudos clínicos. “O autoteste tende a ser comercializado como um exame convencional de gravidez ou glicose. Mas a tendência é que o cliente acione novamente a rede para acessar esse laudo, que seria usado para justificar uma eventual ausência do trabalho, respaldar uma viagem ou mesmo para buscar um tratamento médico”, comenta.