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Estudo da Similarweb, ferramenta analítica que mensura o tráfego gerado para páginas da internet, revelou que as 10 maiores plataformas de e-commerces de farmácias concentram mais de 79% de todo o tráfego setorial.
No levantamento, que mapeou a presença do varejo farmacêutico no ambiente digital, oito grandes redes são associadas à Abrafarma. O ranking também contou com a presença de uma farmácia de manipulação.
O site da Droga Raia foi o que apresentou maior audiência em 2021, pelo segundo ano consecutivo, com 23,93% dos acessos. A Drogasil ocupa a segunda colocação (14,23%), seguida da Drogaria São Paulo, com 9,72%. Ambas avançaram uma posição cada em relação a 2020.
A Ultrafarma, que em 2020 se encontrava na 2ª posição, passou a ocupar o 4º lugar no ranking de 2021, com 6,90% dos acessos. A Panvel (5,69%) passou de 5ª colocada para a 6ª colocação, invertendo a posição com as Farmácias Pague Menos (6,16%).
No 7º posto estão as Drogarias Pacheco (4,20%), seguida da Drogaria Minas-Brasil (3,26%) e da rede magistral Oficial Farma (2,95%) na 9ª posição. A Drogaria Araujo se manteve na 10ª posição nos dois anos, com 2,6% dos acessos.
“As redes de farmácias bem ranqueadas estão desenvolvendo um trabalho bastante completo de marketing digital. Conseguimos perceber um investimento significativo em mídia paga, incluindo links patrocinados, display e social, e na otimização da busca orgânica no Google”, explica Jacqueline Glat, gerente de relacionamento com o cliente da Similarweb Brasil.
Segundo ela, as plataformas que apresentam melhor performance também apostam em aplicativos próprios. “Registramos ainda o crescimento de acessos diretos, o que acontece por meio de um trabalho contínuo e de um investimento relevante em termos de alcance de marca, especialmente em mídias não digitais. Além disso, as redes vêm emprestando uma atenção especial à experiência do usuário, resultando em maior lealdade”, acrescenta.
Foram analisados 110 e-commerces de farmácias
O levantamento da Similarweb analisou 110 websites, as estratégias de canais utilizadas pelos seus maiores players e o comportamento do brasileiro na busca de serviços. Em 2021 houve um aumento superior a 29% no volume de visitas em comparação com 2020. Foram registrados mais de 772 milhões de acessos, com 80% do tráfego por canais mobile.
Volume de visitas
No ano de 2020, o tráfego dessas páginas atingiu seu ápice em maio, com mais de 62 milhões de visitas. Mas mesmo com uma leve queda nos meses seguintes e uma recuperação parcial em novembro, ele jamais retornou aos padrões dos primeiros cinco meses. Já no ano passado, o volume de tráfego se manteve em patamar superior todos os meses.
“A pandemia acelerou o crescimento digital de diversos segmentos, em especial no varejo farmacêutico. Ao compararmos com o cenário pré-pandêmico, houve um crescimento de 35% em visitas aos sites do setor”, ressalta Jacqueline. O ponto interessante é que esse crescimento se mantém, apesar de o público ter retomado o acesso às lojas físicas.
Outros fatores comprovam que esse comportamento veio para ficar:
- Os varejistas seguem investindo em campanhas de marketing digital para continuar atraindo usuários aos seus próprios sites e aplicativos, além de formatar parcerias com marketplaces
- Marketplaces já consolidados aproveitaram o momento para ampliar o portfólio de artigos de farmácias
- A pandemia fez com que muitas pessoas estreassem seus hábitos de compra online
- Foi ampliada a oferta de diversos serviços que integram a estratégia de omnichannel, como os modelos de clique e retire; pagar no app e receber em casa; e até pesquisar no aplicativo estando dentro da loja