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As pessoas que não receberam a terceira e/ou a quarta dose do imunizante já não estão protegidas contra o Coronavírus
Em meio à alta de casos da Covid-19 em diferentes Estados brasileiros, ressurgem dúvidas sobre a possibilidade de uma nova onda da doença e o papel da vacinação.
Esse contexto não surpreende o médico sanitarista e professor de Saúde Pública e de Epidemiologia do Centro Universitário São Camilo (SP), Sérgio Zanetta, que afirma, então, que as pessoas que não receberam a terceira e/ou a quarta dose do imunizante já não estão protegidas contra o Coronavírus.
“Temos aproximadamente 70% da população protegida com apenas duas doses. A quantidade de pessoas que tomaram a terceira dose é menor. Por isso estão autorizando a terceira para adolescentes e crianças, porque vimos que a Ômicron e suas subvariantes estão furando esse bloqueio. Quem já tomou a segunda dose há mais de seis meses já teve queda na imunidade, e fica muito suscetível a casos mais graves da doença”, detalha, então, o especialista.
Ele destaca que não há imunidade permanente contra a Covid-19, nem para quem já foi infectado e nem para quem se vacinou.
Por isso, então, é necessária a aplicação periódica de doses de reforço, mais de uma vez ao ano.
“A proteção vacinal precisa ser mantida, e foi criminosa a ação de alguns Estados que suspenderam a obrigatoriedade do uso de máscara em ambientes fechados”, afirma Zanetta.
Criminosa, de acordo com ele, porque já se sabia que essa não obrigatoriedade traria consequências para a saúde pública.
O sanitarista lembra que, com três doses, um indivíduo tem 50 a 60% de proteção contra a Covid-19, tanto para desenvolver a doença quanto para transmiti-la.
“Com menos de três doses, a proteção é menor. Já a máscara N-95 tem 95% de proteção. Então, máscara e vacina andam juntas. A proteção oferecida pela máscara nunca baixa, ao contrário, ela ajuda nos intervalos vacinais. Agora já está sendo aplicada a quarta dose e vamos partir para a quinta”, garante.