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Público idoso é o que mais consome medicamentos no Brasil

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Foto: Reprodução

A população brasileira está envelhecendo com bastante velocidade. Hoje, o País tem cerca de 30 milhões de idosos e a projeção é que em 2050 o número ultrapasse os 70 milhões. Segundo a Associação Brasileira de Distribuição e Logística de Produtos Farmacêuticos (Abradilan), esse público é o maior consumidor de medicamentos – portanto, trará um importante crescimento ao mercado farmacêutico. Porém, algumas características não podem ser esquecidas.

 “O público sênior é muito exigente e possui particularidades que precisam ser avaliadas e estudadas pelas farmácias. Quem souber entender e atender melhor este público com certeza sairá na frente nessa oportunidade. O idoso costuma ter gastos maiores e com itens de maior margem”, destaca o presidente da entidade, Jony Sousa.

A melhoria das condições socioculturais e econômicas são as principais responsáveis pela longevidade da população, sem falar, é claro, das alternativas de tratamento às doenças crônicas, pelas quais as indústrias farmacêuticas trabalham dia e noite.

Entre as patologias mais comuns, estão as cardiovasculares, pulmonares, derrame, câncer e diabetes. De acordo com dados da IQVIA, os idosos são responsáveis pela movimentação de mais de 1 trilhão de reais e a partir dos 65 anos de idade, manifestam cerca de quatro doenças crônicas. Mais de 42% dos sexagenários tomam, em média, mais de cinco medicamentos por dia.

Diante deste cenário, é fundamental pensar em produtos e serviços que atuem diretamente no controle e prevenção dessas doenças, facilitando o acesso e incentivando o tratamento, para que as taxas de abandono diminuam e para que, de fato, como elo da cadeia farmacêutica, possamos ser responsáveis também pela oferta de uma vida longeva. “É preciso pensar em alternativas que proporcionem um envelhecimento igualitário e genuíno a toda população, com independência, dignidade e qualidade de vida”, diz Sousa.

O executivo ressalta ainda a importância de se levar em consideração os diferentes perfis e realidades, já que parte da população tende a envelhecer de forma mais precária e outra com condições melhores, o que exige que indústria, distribuição e varejo estejam preparados para a oferta de produtos e serviços de forma ampla, considerando todas as condições possíveis.

O atendimento em farmácias e drogarias deve ser pautado em cinco passos. Veja a seguir:

*Acesso: proximidade, acessibilidade, conforto e segurança s são os principais atributos do público sênior para a escolha do local em que realizarão suas compras.

*Seções customizadas: produtos de cuidados adultos, como as categorias de incontinência, diabetes, suplementos alimentares, higiene pessoal, cuidados orais, itens de nutrição e alimentação sem açúcar, glúten ou lactose e opções integrais, vitaminas, dermocosméticos específicos, como a linha anti-idade.

*Comunicação visual: na gôndola, é extremamente importante. Colocar fontes maiores nos informativos e nos precificadores é um bom caminho para facilitar a jornada. É bom também evitar modulares muito altos e expor produtos pequenos nas prateleiras de baixo.

*Oferta de serviços: tudo o que facilita o acesso aos produtos das farmácias para idosos, como entrega delivery e pós-venda, com orientações e lembretes de uso de medicações. Lembretes, por exemplo, de que o remédio está acabando e deve ser realizada uma nova compra.

*Atendimento: o público mais idoso é um público que gosta de conversar e pode precisar de mais ajuda durante a compra. Em alguns casos, a ida à farmácia é um evento social. Ao atendê-lo cordialmente e com paciência, aumentam-se as chances de ele voltar e fazer ali todas as compras, tanto as momentâneas quanto as rotineiras.

Fonte: ABCFarma