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Otimismo: da indústria ao balcão das farmácias

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Foto: Reprodução

O mercado farmacêutico deve crescer cerca de 12% este ano e 10% em 2023; empresas estão otimistas com emprego e crescimento da economia.

Essas são as projeções de desempenho do mercado farmacêutico no Brasil neste e no próximo ano, segundo dados apresentados no Fórum Expectativas 2023, realizado pelo Sindusfarma (Sindicato da Indústria de Produtos Farmacêuticos) na semana passada. E as empresas do setor preveem que a situação econômica vai melhorar no próximo ano: 57% estão otimistas sobre a recuperação dos empregos e o crescimento da economia no país.

Os cálculos da IQVIA indicam um crescimento do mercado farmacêutico geral (varejo e canal institucional) de 12,5% este ano e 10,5% no próximo, em valores. “São taxas de crescimento positivas – poucos países têm esse desempenho”, disse Sydney Clark, vice-presidente da consultoria.

No varejo, o crescimento estimado é de 11,8% este ano e 9,8% no próximo. No canal institucional, crescimento de 13,5% este ano e 11,4% no próximo, excluídas as vacinas contra a Covid-19. Segundo a IQVIA, as compras públicas estão em queda devido ao subfinanciamento do SUS, mas as vendas para clínicas e hospitais privados crescem (5,2% até abril) e podem aumentar 15% no próximo ano.

A pesquisa “Benchmarking de Expectativas da Indústria Farmacêutica 2022-2023”, realizada pelo Sindusfarma, apurou que as empresas do setor estimam um crescimento no varejo (Retail), de 12,86% este ano e 12,41%, no próximo ano, em valores. No mercado institucional (Non Retail), as projeções são de crescimento de 10,15% este ano e 9,37% no ano que vem.

Se no Brasil ainda existe, de forma geral, grande dificuldade de olhar para o futuro, exemplo oposto é o setor farmacêutico – indústria altamente sofisticada que, segundo especialistas, salvou o mundo nessa pandemia.

Cuidado com a saúde

A demanda crescente de medicamentos no país como resultado da pandemia de Covid-19, especialmente dos produtos para o tratamento de doenças crônicas, como diabetes e moléstias cardiovasculares, foi destacada por Sydney Clark. “Essa situação deve se perpetuar; a população brasileira entendeu a necessidade de se cuidar melhor”.

Ele também destacou o avanço das vendas on-line de medicamentos. A participação desse canal saltou de 2,5%, antes da pandemia, para 7,9% atualmente. “O canal on-line vai se tornar cada vez mais relevante”, disse o executivo da IQVIA.

Fonte: ABCFarma