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A maior parte dos relatos destaca a falta de formulações líquidas.
Um novo levantamento do Conselho Regional de Farmácia de São Paulo (CRF-SP) sobre o desabastecimento de remédios nas farmácias públicas e privadas do Estado de São Paulo aponta que mais de 98% dos farmacêuticos participantes continuam alegando que medicamentos como antibióticos, mucolíticos, anti-histamínicos e analgésicos estão entre os mais em falta.
O levantamento, realizado de 19/07 a 30/07, apontou que 96% dos farmacêuticos participantes relataram a falta de medicamentos antimicrobianos como amoxicilina, azitromicina, cefalexina e ciprofloxacino; mucolíticos como acetilcisteína, bromexina, carbocisteína e ambroxol; anti-histamínicos como dexclorfeniramina, loratadina, cetirizina e difenidramina e analgésicos como dipirona, ibuprofeno, paracetamol e ácido acetilsalicílico.
Entre as respostas também estavam as alternativas que vem sendo utilizadas pelos farmacêuticos para contornar o desabastecimento de medicamentos.
Falta de medicamentos
A maioria (76,48%) sugere ao prescritor a substituição por medicamento com outro princípio ativo e ação semelhante; já 64,14% substituem por medicamento genérico ou similar intercambiável.
Outros farmacêuticos sugerem, dentre as opções disponíveis, a mais adequada para o quadro do paciente, caso sejam situações que não haja prescrição e que possam ser tratadas com medicamentos isentos de prescrição (MIPs).
Ou sugerem ao prescritor a substituição por outro medicamento com mesmo princípio ativo, porém outra forma farmacêutica.
Parte dos participantes sugere ao paciente a manipulação, caso o medicamento tenha sido prescrito pelo princípio ativo.
A maior parte dos relatos destaca a falta de formulações líquidas, o que pode prejudicar muito a população pediátrica, pois a maioria dos medicamentos para esse público-alvo é líquida, por serem mais fáceis de administrar.
Para o presidente do CRF-SP, Dr. Marcelo Polacow, comparando esse levantamento com o anterior, realizado no mês de maio de 2022, percebeu-se que “não houve alterações significativas no abastecimento de medicamentos, já que os mesmos medicamentos citados anteriormente foram citados nessa segunda fase. Além disso, as proporções de desabastecimento de acordo com a natureza jurídica e do tipo de estabelecimento permanecem semelhantes”.
Fonte: Guia da Farmácia