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Estudo da Zendesk aponta falta de investimento e análise de métricas como dois dos principais vilões do customer experience na América Latina.
Para impulsionar o crescimento na nova realidade dos negócios, os varejistas só têm que prestar atenção nos próprios clientes para não perderem para a concorrência. O atendimento ao cliente agora é um dos principais diferenciais entre empresas, uma das principais considerações para clientes e uma força geradora de lucros por si só.
Cerca de 61% dos consumidores em todo o mundo dizem que esperam padrões mais elevados de atendimento ao cliente após a crise do ano passado.
E 60% procura a concorrência após uma única experiência ruim. Oferecer um atendimento excepcional ao cliente pode fazer a diferença, no entanto, os varejistas devem ser rápidos para não cair em armadilhas comuns que podem atrapalhar seus planos de crescimento.
As conclusões fazem parte do estudo CX Trends Latam 2022, relatório de tendências em experiência do cliente (customer experience, ou CX) na América Latina, feito pela Zendesk.
A preocupação das empresas com o tema nunca esteve tão em alta. Isso se deve ao fato de que os consumidores estão cada vez mais exigentes com relação à forma como são atendidos e têm seus problemas solucionados.
Não por acaso, 88% das empresas pesquisadas concordam sobre a existência de uma relação direta entre o atendimento ao cliente e o desempenho dos negócios.
Apesar disso, 43% dos consumidores sentem, então, que o atendimento é algo secundário para as empresas, indicando uma lacuna entre a expectativa do consumidor e as ações das marcas.
“As empresas sabem que uma experiência de cliente excepcional é essencial para crescer agora e no futuro. Por isso, concentre-se em reduzir o esforço do cliente, oferecendo resoluções mais rápidas e aumentando a qualidade de cada interação. As equipes de atendimento ao cliente devem assumir a liderança na transformação das empresas para gerar resultados reais e mensuráveis”, afirma, então, o VP de Vendas da Zendesk no Brasil, Pedro Fontes.
O atendimento impressiona os clientes
O levantamento mostrou ainda a discrepância na percepção dos varejistas e dos consumidores: enquanto 62% das empresas atribuem notas altas para seu serviço, 54% dos clientes acreditam que a CX parece estar em segundo plano.
O desafio é se concentrar em reduzir o esforço do cliente, oferecendo resoluções mais rápidas e aumentando a qualidade de cada interação do atendimento ao cliente.
Um ponto crucial é promover uma mentalidade que dê prioridade ao atendimento ao cliente em toda a empresa, com a participação ativa dos executivos.
Os executivos falam, mas não fazem
Ao compararmos as porcentagens do setor de varejo com os números gerais da América Latina é possível perceber que o segmento está, portanto, um pouco atrás quando se trata de ter um executivo responsável pela área de CX e também na análise de métricas.
Os dados do levantamento mostram que 44% dos varejistas afirmaram que ainda não existe um executivo que se responsabilize por isso, enquanto na AL são 28%.
Além disso, apenas 18% das marcas de varejo acompanham as métricas de atendimento ao cliente diariamente, contra 27% no geral de empresas.
Apesar desses dados, 76% dos executivos do setor de varejo concordam que o atendimento é uma prioridade para os negócios.
Experiências personalizadas x falta de sistemas integrados
O mesmo levantamento mostrou que 90% dos clientes estão dispostos a gastar mais em experiências personalizadas.
No entanto, apenas 34% dos agentes de varejistas se sentem eficazes na hora de encontrar as informações necessárias para atender a essas expectativas, mostrando que a omnicanalidade precisa ser o centro das atenções das empresas.
Valores investidos não são suficientes
Apesar de 25% dos varejistas ouvidos esperarem um orçamento pelo menos 25% maior nos próximos dois anos, apenas 31% deles concordam plenamente que estão investindo de forma adequada em iniciativas de suporte.
Esses números já são mais do que suficientes para mostrar que o capital da área de CX está deixando a desejar, mesmo com todas as evidências de que é uma das principais ferramentas para fidelização, retenção e atração de clientes.
Agentes exaustos e falta de valorização
Para além do investimento em plataformas, a capacitação dos agentes de atendimento se mostra crucial e, infelizmente, apenas ⅓ deles se sentem capacitados para fazer um bom trabalho.
Se por um lado o investimento é pouco, por outro, 83% dos executivos do setor de varejo têm consciência de que os agentes desempenham um papel vital na retenção de clientes.
Agentes insatisfeitos podem se transformar rapidamente em clientes insatisfeitos.
É importante cuidar dos agentes, dando-lhes o treinamento, as ferramentas e a flexibilidade necessária para oferecer melhores experiências aos clientes.
O relatório foi feito com base em pesquisa com consumidores e empresas, além de informações do produto Benchmark da Zendesk.
Ao todo, mais de oito mil pessoas foram entrevistadas, entre agentes e compradores de tecnologia de 21 países, incluindo o Brasil, e organizações de todos os portes.
Contudo, os dados de uso do produto Benchmark da Zendesk vêm de mais de 97.500 clientes no mundo.
Fonte: Guia da farmácia