Foto: Reprodução
Segundo dados divulgados pela Febrafar durante o Hora do Mercado, transmitido na última quarta-feira, 31, o autoatendimento é uma tendência que vem ganhando espaço no varejo farmacêutico.
Com informações do IQVIA, a federação aponta que as vendas nas farmácias de produtos de salão (MIPs e não medicamentos) já somam 47% do volume total, com uma movimentação de mais de R$ 77 bilhões.
Destaque nessa categoria fica por conta dos Medicamentos Isentos de Prescrição, que representam sozinhos 15% das vendas.
RX ainda lidera vendas nas farmácias
Apesar do autoatendimento ser uma tendência a ser levada em conta, quando o assunto são apenas os medicamentos, os que necessitam de receita médica ainda lideram. Nesse recorte, mais de 88% das vendas nas farmácias são de RX, demonstrando assim o ainda importante atendimento de balcão.
MIPs e o desejo dos mercados
Os expressivos números envolvendo os MIPs vêm na esteira das tentativas dos supermercados de comercializarem esses medicamentos. No começo de agosto, a Câmara dos Deputados rejeitou o pedido de urgência para votar o PL 1774/19, que permitiria a comercialização nos mercados e estabelecimentos similares.
Apesar do apoio do Ministério da Economia, o varejo farmacêutico foi veementemente contrário ao projet, e fez campanhas para combater a proposta.
Pós-pandemia e a retomada das grandes redes
Outra tendência apontada pelos dados da Febrafar foi a retomada das redes da Abrafarma neste momento menos crítico da pandemia. Apesar de as vendas nas farmácias seguirem diluídas e o mercado como um todo crescer, o avanço do varejo associativista ou independente foi mais tímido em comparação ao grande varejo farmacêutico
Entre junho/21 e junho/22, as grandes redes apresentaram um crescimento de 13,6%, mais de dois pontos percentuais acima do registrado no período de junho/20 a junho/21.
Por outro lado, as drogarias da federação, associativistas, franqueadas ou independentes tiveram uma média de crescimento de 14,46%, contra a média de 20,6% durante os períodos de maior isolamento.
Fonte: Panorama Farmacêutico