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Que tal exercitarmos a futurologia? Especialistas da indústria farmacêutica resolveram seguir essa prática e previram quais serão os medicamentos mais vendidos daqui a cinco anos.
A análise, compilada pela consultoria Evaluate Pharma, levou em consideração os remédios de prescrição, o grau de inovação desses medicamentos e a concorrência em sua respectiva área terapêutica. E a análise ainda apontou que as vendas globais devem chegar ao impressionante patamar de US$ 1,4 trilhão.
Na comparação com o período pré-pandemia, a ampliação do volume de negócios da categoria Rx é de 7,2%. E se as projeções estiverem corretas, os dez medicamentos líderes em 2026 puxarão o crescimento, com alta de 13,1% na demanda.
Os 10 medicamentos mais vendidos daqui a cinco anos
(US$ bilhões e crescimento em relação à pré-pandemia)
FABRICANTE | 2026 | CRESCIMENTO/2019 |
Keytruda/MSD | 24,9 | 12,20% |
Opdivo/BMS | 12,7 | 6,80% |
Eliquis/BMS | 12,5 | 6,80% |
Biktarvy/Gilead | 11,7 | 11,7 |
Imbruvica/Abbvie + J&J | 10,7 | 9,50% |
Ibrance/Pfizer | 9,7 | 10% |
Tagrisso/AstraZeneca | 9,5 | 16,90% |
Dupixent/Sanofi | 9,4 | 22,10% |
Trikafta/Vertex | 8,7 | 54,30% |
Ozempic/Novo Nordisk | 8,3 | 25,60% |
* Fonte: Evaluate Pharma
O mercado é unânime ao apostar que o Keytruda não só assumirá a liderança, com US$ 24,9 bilhões, como terá o dobro do faturamento do segundo colocado. O medicamento da MSD é utilizado no tratamento de uma série de tumores, como pele, pulmão e rim. Atualmente, ocupa a segunda colocação em vendas globais.
Dois fármacos da Bristol Myers-Squibb completam as três primeiras posições, incluindo o anticancerígeno Opdivo e o anticoagulante Eliquis – ambos com crescimento estimado em 6,8%. Já a Pfizer é a farmacêutica que mais tende a avançar no ranking, subindo do 10º para o 6º lugar com o Ibrance, usado no combate ao câncer de mama.
A Sanofi, por sua vez, saiu do top 10 mas deve ressurgir na oitava colocação. O Dupixent, voltado ao tratamento da dermatite atópica, tem previsão de faturar US$ 9,4 bilhões e conter a crescente concorrência do rival Lebrikizumab, da Eli Lilly. No primeiro trimestre, o remédio foi alvo de uma decisão judicial no Brasil, que exigiu do SUS seu fornecimento aos pacientes, em função das restrições de acesso – o custo gira em torno de R$ 12 mil.
O Trikafta, principal remédio para fibrose cística do portfólio da Vertex, também entrou na lista após a aprovação do Food and Drug Administration (FDA), em outubro do ano passado. Além disso, é o que tende a registrar o maior incremento percentual – 54,3%, movimentando US$ 8,7 bilhões.
Fonte: Panorama Farmacêutico