Segundo a Secretaria de Saúde, em Brasília, cerca de 160 mil crianças estão na faixa etária de 1 ano a 4 anos e 11 meses de idade. A meta é vacinar 95% dessa população, entretanto, a cobertura vacinal está em apenas 53%.
“Ainda é pouco, e corremos riscos de trazer de volta essa doença cruel, erradicada no nosso país há 20 anos. São apenas 2 gotinhas que podem mudar vidas”, reforçou o governador Ibaneis.
Ainda sobre vacinação, Ibaneis ressaltou a importância de também concluir o ciclo vacinal contra a Covid-19. No próximo sábado (12), ele afirma que o chamado “carro da vacina” vai passar na Expansão de Samambaia, para fazer busca ativa por pessoas que ainda estão com doses atrasadas.
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“É importante reforçar que seguimos o Plano Nacional de Imunização do Ministério da Saúde que tem inclusive respaldo técnico de pesquisadores e imunologistas”, disse.
A poliomielite não tem tratamento específico e as sequelas são permanentes. No Distrito Federal, a doença não é registrada desde 1987.
A enfermidade, também chamada de “paralisia infantil”, é infectocontagiosa e transmitida por um vírus. Ela é caracterizada por um quadro de paralisia flácida.
O início é repentino, e a evolução do déficit motor ocorre, em média, em até três dias. A doença acomete, em geral, as pernas, de forma assimétrica, e tem como principal característica a flacidez muscular.
O Brasil está livre da poliomielite desde 1990, segundo o Ministério da Saúde. Em 1994, o país recebeu a Certificação de Área Livre de Circulação do Poliovírus Selvagem da Organização Pan-Americana da Saúde (Opas).
Zé Gotinha
No início das campanhas de imunização, na década de 1980, o personagem “Zé Gotinha” virou mascote e símbolo da erradicação da poliomielite no Brasil. Na época, uma campanha de saúde pública foi organizada para erradicar a doença responsável pela paralisia infantil.
No DF, o pico da epidemia de poliomielite foi em 1986. As campanhas de imunização ganharam reforço com o personagem e passaram a ser rotina.
Em 1988, Zé Gotinha saiu dos panfletos e virou mascote, a partir de uma sugestão de uma criança do Paraná. De acordo com o criador do personagem, Darlan Rosa, depois disso “as campanhas de imunização passaram a ser um sucesso”.
Naquele ano, a cobertura no DF foi de 100%. Depois disso, Zé Gotinha passou a fazer parte de outras campanhas como a de sarampo, da rubéola, da caxumba e da hepatite.
Em 1994, o personagem foi apresentado na Disney, e ganhou o mundo. Zé Gotinha esteve em 150 países, como Angola, onde havia alto índice de poliomielite e a erradicação ocorreu em três anos trabalho.
Foto: Reprodução
Fonte: G1