No último dia 10 de fevereiro, a fabricação e a comercialização de medicamentos genéricos no Brasil completou 24 anos de contínuo crescimento.
Segundo levantamento da PróGenéricos com base em dados do IQVIA, esses medicamentos já respondem por 73,38% dos medicamentos usados para hipertensão, 78,66% para o colesterol, 71,85% contra a ansiedade e 64,66% para depressão.
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Considerando o mercado total de medicamentos, os genéricos representam 35,44% de todos os medicamentos comercializados no país e, nesses 24 anos, já geraram uma economia de R$ 241 bilhões para os consumidores. Entre os 20 medicamentos mais prescritos no país em 2022, 15 foram na versão genérico, como Amoxilina, Azitromicina, Losartana, Escitalopram, Cefalexina, Sinvastatina, entre outros (confira a lista abaixo).
Dos 20 medicamentos mais prescritos no Brasil, 15 são genéricos:
No total, 96 laboratórios comercializam medicamentos genéricos no território nacional, com preços pelo menos 35% menores que o dos medicamentos de referência e com indicação para cerca de 90% das doenças prevalentes no país. Ainda de acordo com o levantamento da PróGenéricos, entre janeiro e dezembro de 2022, mais de 1,8 bilhão de caixas de genéricos foram comercializadas no Brasil, configurando um aumento de 7,76% quando comparado ao ano anterior.
Considerando o acumulado desde que os genéricos passaram a ser comercializados, em 1999, eles já geraram para os consumidores essa economia de quase 250 bilhões de reais, levando em conta quanto se deixou de gastar caso houvesse apenas o medicamento de referência disponível nas farmácias.
Com a entrada em vigor da Lei 9.787 e a regulamentação do mercado, as alternativas medicamentosas passaram a ser utilizadas com segurança pela população e os laboratórios tiveram que seguir uma série de regras específicas exigidas pela Anvisa para a produção dos genéricos – que devem ter a mesma ação terapêutica e a mesma eficácia dos medicamentos de referência. Além de oferecerem oferta diversificada no mercado, os genéricos permitiram reduzir a porcentagem de casos de interrupção do tratamento, como acontecia no passado, pelo falta de de recursos da população mais carente.
Os genéricos são, sem dúvida, um avanço para a sociedade brasileira. Há muito se converteram num poderoso instrumento de amparo à saúde por permitir, tanto ao SUS quanto aos consumidores, ter acesso a tratamentos medicamentosos de forma econômica, segura e eficaz.
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Sobre a PróGenéricos
A PróGenéricos (Associação Brasileira das Indústrias de Medicamentos Genéricos e Biossimilares) representa 16 empresas farmacêuticas que, juntas, respondem por aproximadamente 90% do mercado de genéricos e 50% do mercado de biossimilares no Brasil. Em janeiro, o administrador Thiago Meirelles se tornou o novo presidente-executivo da PróGenéricos, em substituição a Telma Salles, que liderou a entidade por mais de 10 anos.