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Demência Frontotemporal é mais comum do que se pode imaginar

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Esta semana fomos surpreendidos pela notícia de que o ator norte americano Bruce Willis, de apenas 67 anos, foi diagnosticado com demência Frontotemporal. Há alguns meses ele já vinha apresentado afasia, um sintoma bastante comum nesta doença.

 

A afasia traz como consequência principal a dificuldade na comunicação, onde o paciente não consegue se expressar, as frases podem ser desconexas ou mesmo os sons são incompreensíveis.

 

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Embora não tão comum quanto a Doença de Alzheimer, a Demência Frontotemporal é o segundo tipo de demência mais comum em pessoas com menos de 65 anos de idade. Nota-se que diferente do Alzheimer, esta doença pode atingir as pessoas em idades em que necessariamente não sejam consideradas ainda idosas. A faixa de idade mais acometida está entre 45 e 64 anos de idade.

 

O diagnóstico de Demência Frontotemporal é muito complexo e pode haver algumas semelhanças com outras demências. Na investigação diagnóstica são fundamentais algumas avaliações: clínica (anamnese), imagem, exames laboratoriais, exclusão de outras demências, testes cognitivos. A avaliação médica é considerada a mais importante para o fechamento do diagnóstico!

 

Uma questão presente neste tipo de doença é o componente genético, algo que não ocorre em alguns outros tipos de síndromes demenciais.

 

Reprodução

 

Os sintomas mais comuns na Demência Frontotemporal são:

  • Comportamento social inadequado (aquelas piadinhas de péssimo gosto, de cunho sexual muitas vezes, uso de “palavrões”);
  • Alterações na fala e na linguagem;
  • Dificuldade de controlar as próprias emoções (um excesso de desinibição e espontaneidade);
  • Apatia pode ocorrer ou estados de hiperatividade. Esta apatia inclui o que chamamos de empobrecimento emocional, como se não se importasse com as pessoas ao seu redor.

 

Diferente de Alzheimer, não há comprometimento da memória no início da doença, somente em fases mais avançadas.

 

É muito importante buscar apoio médico em situações em que os sintomas acima sejam percebidos, somente o atendimento de um médico especialista pode trazer resultados capazes de melhorar a qualidade de vida dos pacientes, ainda que não exista cura para a Demência Frontotemporal.

 

Na dúvida sobre medicamentos, procure sempre um farmacêutico.

 

Gustavo Alves Andrade dos Santos
Farmacêutico, Doutor em Biotecnologia
Professor na Faculdade de Medicina São Leopoldo MANDIC de Araras
Coordenador do grupo de Cuidado farmacêutico ao Idoso do Conselho Regional de Farmácia do Estado de São Paulo.
Twitter: @gustavofarmacia
Instagram: @gusfarma   Email: gusfarma@hotmail.com
 

 

Foto: Reprodução/Drauzio Varella
Fonte: Gustavo Alves/Crônica Magistral