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Preços de medicamentos podem subir até 6% em 2023

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Os preços de medicamentos sofrerão profundo impacto em 2023, com aumentos que podem chegar a quase 6% em razão de mudanças na carga tributária.

 

Gestores do setor farmacêutico vêm encontrando dificuldades para adequar seus negócios a esse novo cenário.

O alerta partiu do especialista em pricing e tributação Jiovanni Coelho, da Simtax, que abriu a sessão de painéis do Abradilan Conexão Farma nesta terça-feira, dia 14 de março.

 

Preços de medicamentos terão impacto em 12 estados

Segundo ele, o mês de março teve início com mudanças significativas na tributação do ICMS em 12 estados, impactando os preços de medicamentos. O peso dos impostos já começou a ser realidade no fim do ano passado, no estado do Espírito Santo. Já o Rio Grande do Sul alterou a alíquota em 1º de janeiro e outros dez estados aprovaram a alta do imposto. Como resultado, os preços de medicamentos devem ser majorados em 5,6% a 5,95%.

 

Estados ICMS atual ICMS novo Data da mudança
Acre 17% 19% 01/04/2023
Alagoas 17% 19% 01/04/2023
Amazonas 18% 20% 01/04/2023
Bahia 18% 19% 22/03/2023
Maranhão 18% 20% 01/04/2023
Pará 17% 19% 16/03/2023
Paraná 18% 19% 13/03/2023
Piauí 18% 21% 08/03/2023
Rio Grande do Norte 18% 20% 01/04 até 31/12/23
Roraima 17 % 20% 30/03/2023
Sergipe 18% 22% 20/03/2023
Tocantins 18% 20% 01/04/2023

 

“Vamos pegar o exemplo do estado de São Paulo, que teve uma mudança tributária de PMPF e que também tem a regra de MVA. Os gestores têm que aprender a fazer esse cálculo, uma vez que se trata de uma matemática que define qual é a lucratividade que a farmácia vai conseguir ter no seu negócio”, explica o executivo.

 

Jiovanni Coelho abre a sessão de painéis com análise sobre mudanças na carga tributária sobre medicamentos

 

Para ele, quem não souber tirar o máximo proveito dessa matemática tende a perder lucratividade e espaço frente a concorrência. “Temos vários medicamentos, com o mesmo princípio ativo e número de comprimidos, da mesma categoria, que estão com preços e tributações diferentes, o que impacta no lucro das farmácias”, adverte.

 

 

Foto: Freepik
Fonte: Panorama Farmacêutico