A Insilico Medicine iniciou os ensaios clínicos de fase 2 de um medicamento inteiramente descoberto e projetado por inteligência artificial (IA). As informações são da Exame.
Trata-se do medicamento INS018_055, usado no tratamento para a fibrose pulmonar idiopática, doença que reduz a capacidade do órgão de realizar trocas gasosas. A empresa recrutará 60 pessoas com fibrose pulmonar idiopática na China e nos EUA para avaliar a segurança, tolerabilidade e eficácia preliminar do medicamento.
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Com sede em Hong Kong e Nova York e sob a tutela do cientista de origem letã Alex Zhavoronkov, a empresa de biotecnologia é apoiada pelo conglomerado chinês Fosun Group e pela gigante do private equity Warburg Pincus.
Com bilhões de dólares investidos na criação de ferramentas de inteligência artificial destinadas a revolucionar o desenvolvimento de medicamentos, a Insilico faz parte de uma corrida entre grandes farmacêuticas e investidores para explorar uma oportunidade de mercado de US$ 50 bilhões para a IA no setor, conforme relatado pela Morgan Stanley.
Remédio com inteligência artificial
Potencial das plataformas de inteligência artificial
Segundo um pronunciamento de Zhavoronkov, as plataformas de IA podem potencialmente reduzir pela metade o tempo necessário para descobrir medicamentos e diminuir o custo de trazer medicamentos ao mercado. Empresas farmacêuticas como Sanofi, Fosun e Johnson & Johnson firmaram acordos de parceria para acesso à tecnologia.
Para se ter uma ideia, a Insilico usou plataformas de inteligência artificial para selecionar 12 candidatos a medicamentos pré-clínicos, dos quais três avançaram para ensaios clínicos.
Dado o cenário de alta produtividade, farmacêuticas como a Insilico poderiam economizar de dois a quatro anos no descobrimento pré-clínico, dependendo da novidade e complexidade do alvo. A IA também foi usada para recrutar pacientes com maior probabilidade de responder à terapia.