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Medicamento surge como opção para parar de fumar

Parar de fumar

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Parar de fumar é uma necessidade para muitos pacientes, mas não quer dizer que se já uma atitude fácil.

 

Mas agora um medicamento experimental surge como esperança. As informações são da Veja.

 

O remédio em questão é a citisiniclina (ou cistina), que está na última fase de testes. Nos estudos, o fármaco mostrou-se bem tolerado, eficaz e seguro. Caso aprovado pelas agências reguladoras, esse medicamento pode se tornar a principal opção para aqueles que querem parar de fumar.

 

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“O tabagismo continua sendo a principal causa evitável de morte em todo o mundo, mas nenhum novo medicamento foi aprovado pela FDA por quase duas décadas”, comenta a autora do estudo, Nancy Rigotti, que também é a diretora do Centro de Tratamento e Pesquisa de Tabaco do Hospital Geral de Massachusetts, da Universidade de Harvard.

 

Como funciona o medicamento para parar de fumar?

A citisiniclina é um alcaloide natural derivado de plantas que se liga seletivamente aos receptores nicotínicos no cérebro. Por meio dessa ligação, o medicamento diminui o desejo de fumar, enquanto reduz os sintomas de abstinência.

 

Esse mecanismo de ação é similar ao de um remédio já aprovado pela Anvisa, o vareniclina, considerado um auxiliar no tratamento do tabagismo. Em 2021, uma contaminação por composto cancerígeno levou a Pfizer a parar a distribuição mundial do medicamento.

 

32,6% dos voluntários param de fumar

O estudo, realizado pela farmacêutica especializada em tabagismo Achive Life Sciences, reuniu 810 voluntários fumantes e que desejavam largar o vício. Esses pacientes foram divididos em três grupos com 270 pessoas em cada.

 

O primeiro grupo recebeu 3 mg em três doses diárias por 12 semanas; o segundo a mesma dose, mas por seis semanas; e o último placebo por 12 semanas.

 

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Entre a 9ª e a 12ª semana, 32,6% dos medicados ficaram em abstinência, ou seja, conseguiram parar de fumar. Já entre aqueles que tomaram o remédio por seis semanas, 25,3% estavam abstinência entre a terceira e a sexta semana.

 

Após o fim do tratamento, dentre os pacientes do primeiro grupo, 21,1% seguiram em abstinência nos três meses seguintes.

 

Uma das principais vantagens demonstradas pela citisiniclina é a baixa incidência de efeitos colaterais. Menos de 10% dos pacientes de cada grupo medicado apresentaram reações adversas como insônia ou náusea.

 

A expectativa é que a Achive Life Sciences submeta os dados do medicamento para a aprovação da FDA no primeiro semestre de 2024. A farmacêutica ainda não tem planos de buscar a aprovação em outros países.

 

 

Foto: Reprodução
Fonte: Panorama Farmacêutico