Os 10 medicamentos com mais variação de preço de janeiro a novembro 2023 refletiram um ano desafiador para o varejo farmacêutico, que conviveu com fatores como a taxa de juros elevada e um consumidor mais conservador.
Segundo informações da plataforma Clique Farma, o “campeão” foi um fármaco destinado ao tratamento de problemas pulmonares, cujo preço oscilou mais de 230% no período. A avaliação levou em conta a média de valores praticada nas vendas dos medicamentos originais e de suas versões genéricas.
Medicamentos com mais variação de preço em 2023
Rivaroxabana
Medicamento original: Xarelto (Bayer)
O rivaroxabana apresentou uma variação média de 230,72%, de acordo com a plataforma. O remédio é indicado para o tratamento da trombose venosa profunda (TVP) e a embolia pulmonar (EP) recorrentes em adultos.
Voriconazol
Medicamento original: Vfend (Pfizer)
A oscilação de preços chegou a 188,26%. O fármaco, que possui ação antifúngica, é indicado para o tratamento de uma série de infecções do gênero.
Rosuvastatina cálcica
Medicamento original: Crestor (AstraZeneca)
Com reajuste médio de 185,37%, o remédio é indicado para pacientes com hipercolesterolemia familiar heterozigótica (HeFH), visando à redução do colesterol.
Besilato de anlodipino
Medicamento original: Norvasc (Novartis)
A variação média ficou em 139,64%. O remédio destina-se ao tratamento da hipertensão e da angina de peito, decorrente da falta de sangue no coração.
Bimatoprosta
Medicamento original: Lumigan (Allergan)
Os valores oscilaram até 141,35%. O medicamento diminui a pressão ocular em pacientes com glaucoma.
Desogestrel
Medicamento original: Pérola (Organon)
A variação média anual ficou em 120,87%. Sua principal função é anticoncepcional e seu diferencial é o modelo de minipílula.
Acetato de prednisolona
Medicamento original: Pred Mild (Allergan)
O primeiro fármaco da lista com percentual inferior a três dígitos (68,38%) é utilizado em pacientes suscetíveis a esteroides e também combate inflamações nos olhos.
Fosfato de Sitagliptina Monoidratado
Medicamento original: Januvia (MSD)
O preço flutuou 55,30% em 2023. Associado à dieta e uma rotina de exercícios, o medicamento ajuda a controlar o diabetes mellitus tipo 2.
Rivastigmina
Medicamento original: Exelon (Novartis)
A diferença de valores no período foi de 48,27%. O remédio ajuda pacientes a lidar com a rotina e desacelera o declínio mental em pessoas afetadas por doenças como o Alzheimer e o Parkinson.
Azitromicina di-hidratada
Medicamento original: Zitromax (Pfizer)
O 10º medicamento no ranking teve uma variação muito inferior à dos demais – 11,49%. O fármaco é usado no combate a diferentes infecções, incluindo as sexualmente transmissíveis.
Reforma tributária é luz no fim do túnel
Uma solução que pode diminuir o gap entre os preços dos medicamentos é a reforma tributária. Isso porque as mudanças aprovadas pela Câmara diminuirão os tributos a incidirem sobre os fármacos.
Atualmente, o imposto sobre esses produtos no Brasil (31,3%) é cinco vezes maior que a média mundial (6%), segundo levantamento do Sindusfarma. Com a aprovação da reforma tributária, o sistema seria simplificado por meio da substituição de cinco impostos (ICMS, ISS, IPI, PIS e Cofins) por dois Impostos de Valor Agregado (o Imposto sobre Bens e Serviços, IBS, e a Contribuição sobre Bens e Serviços, CBS) e um Imposto Seletivo.