O varejo farmacêutico brasileiro manteve avanço de dois dígitos e terminou 2023 com volume de negócios de R$ 138 bilhões. No acumulado desde o último ano antes da pandemia, em 2019, a evolução em valores chega a impressionantes 64%.
Os dados integram uma análise da Close-Up International e referem-se às transações efetivadas entre laboratórios e farmácias ao longo do ano passado. Ao todo foram comercializadas 7,8 bilhões de unidades.
Varejo farmacêutico responde por 2/3 da venda de medicamentos
O varejo farmacêutico também confirma seu protagonismo como principal canal de vendas da indústria, frente ao mercado hospitalar. Dos R$ 211,5 bilhões registrados em negócios até dezembro, 65,2% tiveram as farmácias e drogarias como destino.
Apesar de ainda deter a grande maioria do mercado, o setor viu sua fatia do bolo diminuir 1,8% em comparação com o mesmo período de 2022, com o maior avanço da demanda no mercado institucional.
Preço foi principal motor para avanço
Dos 10,5% de evolução registrada pelo varejo farmacêutico, o principal fator de crescimento foi o preço (8,5%). Em contrapartida, o volume de itens comprados registrou um leve declínio de 0,3%.
Os medicamentos isentos de prescrição (MIPs) apresentaram comportamento similar. Com aumento de 9,4% em seus preços, acima da média geral de 8,5%, o item teve uma procura 7,8% menor no período estudado.
Categorias que mais ganharam peso
A categoria de não medicamentos foi a que mais viu suas vendas evoluírem no varejo farmacêutico, com alta de 14,1% até dezembro de 2023, perfazendo R$ 43,4 bilhões.
A participação desse nicho de produtos no faturamento geral aumentou dois pontos percentuais desde 2019 e hoje representa 31% do faturamento.
Falando em volume de vendas, os genéricos ganharam mais mercado (5,8%), enquanto os MIPs, exclusivos e trade perderam fôlego, com quedas de 6,4%,1,5% e 4,7% respectivamente.