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O que fazer em caso de engasgo? Entidade médica dá dicas de socorro

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Neste sábado (21) curso de Primeiros Socorros no atendimento farmacêutico. Técnicas essenciais para profissionais do setor.

 

Para especialistas, todas as pessoas deveriam conhecer as técnicas de salvamento, especialmente aquelas que têm a responsabilidade de cuidar de crianças e idosos

A disfagia, dificuldade de engolir, pode gerar consequências graves e até levar à morte. Isso acontece quando, no momento de engolir, seja um alimento, bebida, medicamento ou a própria saliva, a substância acaba indo pelo caminho errado e obstruindo as vias aéreas, causando um engasgo. Trata-se de um quadro mais frequente em bebês e idosos, mas que pode acometer pessoas de todas as idades.

A preocupação em relação ao assunto levou à Associação Brasileira de Otorrinolaringologia e de Cirurgia Cérvico-Facial (ABORL-CCF) a divulgar uma nova nota técnica. Segundo a entidade, uma em cada quatro crianças pode ser afetada pela disfagia. Entre as crianças com comprometimentos de saúde, como transtornos neurológicos, malformações craniofaciais ou doenças respiratórias, essa incidência é ainda maior e pode chegar a oito em cada dez.

 

Atendente de Farmácia socorrendo uma vítima de engasgo

 

O documento destaca, ainda, que a sufocação, ou seja, a obstrução das vias aéreas, é responsável por 53% dos acidentes infantis no mundo e, no Brasil, está entre as dez principais causas de morte pediátrica. Segundo a ABORL-CCF, isso acontece porque as crianças continuam desenvolvendo a habilidade de engolir e têm o costume de colocar objetos na boca. “Por isso, é importante que, durante a alimentação, por exemplo, sempre haja o acompanhamento de um adulto”, diz a nota.

Nos idosos, a disfagia costuma ser motivada pela perda de habilidades ou compensação inadequada decorrente do envelhecimento, de acidentes ou comorbidades, como doenças neurodegenerativas ou respiratórias. Segundo a nota, 22% dos adultos com mais de 50 anos têm dificuldades de engolir.

Apesar de serem menos afetados, os adolescentes e jovens adultos também podem apresentar problemas de deglutição. Conforme a associação, isso geralmente é causado por condições que tenham impactado a habilidade de deglutição, como traumas na região ou doenças infecciosas, inflamatórias ou neuromusculares.

Leia também: Justiça assegura serviços clínicos nas farmácias

O que fazer em caso de engasgo?

Primeiro, é importante saber o que não deve ser feito: colocar a mão dentro da boca da pessoa que está engasgando. “Esse gesto pode acabar empurrando o objeto ou alimento ainda mais em direção ao pulmão”, alerta a otorrinolaringologista Eliézia Helena de Lima Alvarenga, da ABORL-CCF.

A atitude mais indicada no caso de engasgo de pessoas maiores de um ano é a realização da manobra de Heimlich. Essa, conforme a ABORL-CCF, consiste em abraçar a pessoa por trás e fazer compressões com uma mão aberta sobre outra com o punho fechado na “boca” do estômago, ou seja, na região entre o umbigo e o começo das costelas. É importante que esse movimento seja feito para trás e para cima, como se fosse para levantar a pessoa. A manobra deve ser feita cinco vezes seguidas, com repetições, se necessário.

Em pessoas obesas ou grávidas que estão no último trimestre, as compressões devem ser feitas no meio do peito, e não no abdome.

Vale destacar também que se a pessoa estiver inconsciente, essa manobra não deve ser realizada. Nesse caso, o indicado é realizar a ressuscitação cardiopulmonar (RCP) enquanto o resgate não chega, segundo a nota.

Para bebês com menos de um ano, são necessários cuidados diferentes. Primeiro, o adulto deve apoiar a criança no antebraço ou na coxa, com a cabeça voltada para baixo e o queixo apoiado. Em seguida, deve usar os dedos em forma de “gancho” para abrir a boca da criança. Então, o recomendado é dar 5 batidas com a mão nas costas do bebê. Depois, o bebê deve ser virado para cima e devem ser realizadas compressões com dois dedos na região entre os mamilos. Quando o corpo estranho aparecer na boca, o adulto deve retirá-lo delicadamente da região.

Importante destacar que enquanto esse procedimento está sendo realizado, os profissionais de emergência devem ser acionados, conforme a ABORL-CCF.

Ainda, a entidade médica frisa que todos devem conhecer esse procedimento, em especial, quem cuida de idosos ou crianças.

 

Como prevenir engasgos?

A otorrinolaringologista pontua também alguns hábitos que podem prevenir a ocorrência de engasgos em todas as idades. São eles:

     

      • Quando for comer, focar na comida. Distrações, como conversas, podem facilitar a ocorrência de engasgos durante as refeições;

      • Ingerir alimentos adequados para suas condições. Pessoas que têm dificuldade de mastigar, por exemplo, devem evitar alimentos sólidos e optar pelos pastosos;

      • Não deitar logo após comer. Esse hábito pode fazer com que a comida que foi para o estômago faça o caminho de volta, possivelmente, causando engasgos. O indicado é esperar de 40 a 50 minutos após as refeições para deitar.

      • Manter a higiene bucal em dia. Isso evita o acúmulo de bactérias na região da boca que podem causar infecções e piorar o cenário no caso de engasgo de saliva.

     


    PRIMEIROS SOCORROS – NO ATENDIMENTO FARMACÊUTICO

    Objetivo
    Capacitar o profissional que trabalha no atendimento de farmácia/drogaria, para poder ter noções, segurança e muitas vezes percepção antecipada para prestar Primeiros Socorros em emergências.

    É comum a farmácia ser o local onde o paciente procura em situações emergenciais. É necessário ter este suporte básico em seu estabelecimento.

    Investimento
    Associado Sincofarma: R$ 33,00
    Não Associado: R$ 110,00
    Meia Estudante: R$ 55,00
    Boleto ou pix à vista, cartão de crédito em até 3x sem juros

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    Não Associado: R$ 110,00
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    Rua Santa Isabel, 160 – 6º andar (Ed. Isabel) – Vila Buarque – São Paulo.

    Fonte: Estadão
    Foto: Freepik