A recomendação do descarte de medicamentos contra o HIV 30 dias após sua abertura, criada em janeiro pela Secretaria de Estado da Saúde de São Paulo (SES-SP), tem gerado divergências entre órgãos públicos. As informações são da Folha de São Paulo.
A orientação da instituição paulista, que se refere apenas aos medicamentos de PrEP (profilaxia pré-exposição) sob demanda, tem como base a bula dos frascos distribuídos pelo SUS, que garante a estabilidade dos fármacos apenas pelo período de um mês após sua abertura.
Essa categoria de medicamento, utilizada para a prevenção do HIV apenas antes e depois de uma exposição de risco, sofre com o problema. O usuário acaba não utilizando as 30 unidades antes do final de sua vida útil, diferentemente dos métodos diários, que encerram o ciclo junto ao tempo máximo recomendado de armazenamento.
Solução para o descarte de medicamentos contra o HIV não é unânime
Ao buscar possíveis soluções para esse contratempo a SES-SP sugeriu ao Ministério da Saúde que o modelo de apresentção dos medicamentos fosse alterado para as cartelas, que mantém os comprimidos armazenados individualmente.
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Segundo o órgão paulista a medida evitaria o desperdício dos remédios e reduziria os custos do governo, que passaria a produzir menos unidades anualmente. No entanto, a pasta não comentou a proposta de substituição dos frascos pelas cartelas e reiterou que não pretende introduzir as recomendações de descarte da Secretaria de Saúde paulista.